Rádio Difusora do Paraná

Fuga de presos no Paraguai provoca reforço da segurança nas fronteira

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou neste domingo o bloqueio da fronteira entre Brasil e Paraguai no trecho que corresponde ao Mato Grosso do Sul.

 São presos da mais alta periculosidade 

O bloqueio é motivado pela fuga de 76 integrantes de uma facção brasileira que estavam na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na madrugada de domingo.

A cidade fica na fronteira com Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

Segundo o governo paraguaio, há cidadãos dos dois países entre os fugitivos.

A ação determinada pelo ministro Sergio Moro é um reforço de policiamento com helicópteros e barreiras.

O governo brasileiro também pediu ao Paraguai a lista com os nomes dos 76 integrantes do grupo.

Antes de decidir pelo bloqueio da fronteira, Moro já tinha afirmado que o governo federal estava trabalhando junto com os estados para impedir a entrada dos detentos no Brasil.

O Governo do Paraná colocou as forças de segurança estaduais à disposição do Ministério da Justiça e Segurança Pública para reforçar os trabalhos de localização e captura dos fugitivos da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

O Paraná é sede do Centro Integrado de Operações de Fronteira, programa pioneiro no Brasil para atuação integrada e combate ao crime organizado.

Policiais da unidade estão em contato com o Ministério da Justiça desde as primeiras horas deste domingo para reforçar o trabalho de inteligência das forças de segurança nacionais e paraguaias – o Acordo do Comando Tripartite, entre Brasil, Argentina e Paraguai, facilita esse intercâmbio.

A unidade atua desde dezembro de 2019 em três frentes: operações ostensivas, auxílio das investigações em curso e combate às facções criminosas. Estão à disposição das equipes federais e estaduais imagens de satélite e câmeras estratégicas dos municípios paranaenses e do Estado.

O ministro do Interior, Euclides Acevedo, destacou que a principal hipótese que é tratada em torno do que aconteceu na prisão de Pedro Juan Caballero é que houve “uma libertação de prisioneiros”.

Ele acrescentou que o túnel era “uma tela” e que a maioria provavelmente saía pela porta da frente ou em vans durante o decorrer da semana, de modo que a cumplicidade dos agentes é evidente