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Governador sinaliza mudança de postura no caso do modelo de pedágio no Paraná

O governo Ratinho Júnior sinalizou uma mudança de postura em relação às novas concessões do pedágio nas rodovias do Paraná, que devem ser leiloadas até o final do ano, com o fim dos atuais contratos.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri, diz agora que o Estado não aceita o modelo híbrido, por menor preço e cobrança de uma taxa de outorga como critério de desempate, defendida pelo Ministério da Infraestrutura.

Até então, o governador e a liderança governista na Casa vinham defendendo o modelo híbrido alegando que a cobrança da taxa como garantia de realização das obras.

“A sociedade paranaense não quer o modelo híbrido e o governo do Estado está trabalhando nesse sentido”.

“Se para isso tiver de acontecer algo mais forte, vai acontecer”, disse Bakri, sem especificar que medidas seriam essas.

O parlamentar revelou que o governador está decidido e, para isso, também conta com a interlocução junto ao governo federal da bancada de deputados e senadores em Brasília.

O líder do governo destacou que é preciso sensibilizar o Presidente da República para que diminua a carga em cima do Paraná, afinal de contas é o Ministério da Infraestrutura quem está propondo o modelo híbrido.

O governo federal pretende fazer a concessão por 30 anos de 3.327 quilômetros de estradas federais e estaduais – 834 quilômetros a mais do que as atuais que vencem em novembro, e um investimento de R$ 42 bilhões em 30 anos.

A concessão seria dividida em seis lotes, 42 praças de pedágio, 15 praças a mais do que atualmente.

O ministério alega que as tarifas seriam reduzidas em até 67%, e que 1.700 quilômetros seriam duplicados nos primeiros sete anos.

O projeto prevê ainda aumento de 40% das tarifas após a duplicação.

A proposta inicial previa concessão por menor tarifa, seguida de cobrança de taxa de outorga como critério de desempate, com os recursos pagos ao governo federal.

Em fevereiro, após críticas generalizadas à taxa de outorga, o Ministério da Infraestrutura anunciou que 100% dos recursos ficariam no próprio Estado, como garantia das obras.

Em janeiro, o governador chegou a defender o modelo híbrido.