Rádio Difusora do Paraná

Governo e professores discutem hoje o retorno das aulas presenciais

A proposta de retomar as aulas presenciais a partir do dia 19 de outubro em cerca de 40 escolas estaduais do Paraná, anunciada pelas secretarias estaduais da Saúde  e da Educação e do Esporte  na terça-feira, contraria a opinião de professores e funcionários da rede de educação.

 Secretaria de Educação e APP-Sindicato tentam um acordo hoje

A APP-Sindicato, entidade que representa as categorias, vê com preocupação o chamado projeto-piloto e mantém o indicativo de paralisação para que as atividades in loco não ocorram neste ano letivo.

Nesta sexta-feira  às 17 horas, a entidade tem agendada uma reunião com técnicos da Secretaria dee Educação para discutir o assunto.

A entidade, na pessoa de seu presidente, Hermes Leão,  “considera  que não estão dadas as condições de segurança necessárias para que se  evite contaminações pelo novo coronavírus.

A principio  essa reunião ocorreria ontem, porém a Secretaria  adiou o encontro.

Desde o início da pandemia, professores da rede estadual têm dado aulas por meio de plataformas como o YouTube, o Google Classroom, o aplicativo Aula Paraná e em transmissões feitas pela televisão.

Além disso, aos alunos não têm acesso aos meios digitais, são entregues materiais impressos com conteúdo e atividades do currículo escolar.

Na reunião de hoje a Secretaria de Educação do Estado buscará demonstrar ao sindicato que o projeto-piloto se dará dentro de um rígido protocolo de segurança, com poucos alunos, em dias alternados da semana, medição de temperatura, uso de máscara e distanciamento.

Além disso, a secretaria tem o “trunfo” de que só participarão da fase de testes as escolas em que os diretores manifestaram o desejo de retorno.

A APP-Sindicato  ressalta que diversas pesquisas têm apontado que entre 75% e 80% da comunidade escolar são contrários à volta dos encontros presenciais ainda em 2020.

Outras enquetes realizadas  mostram que  79%, das mpessoas ouvidas  são favoráveis ao retorno às aulas nas escolas apenas em 2021.

A Seed afirma, em nota, que o que se estuda é um retorno de atividades presenciais em “apenas 2% da rede, com consulta da comunidade escolar, unicamente em localidades seguras, indicadas pela Secretaria da Saúde, mantendo-se 98% da rede exclusivamente com aulas não presenciais”.

A secretaria de Saúde, por sua vez, afirma que “o assunto ainda está sendo debatido internamente com as equipes da Sesa e Seed”.