Objetivo é evitar que empresas demitam funcionários em meio à pandemia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo vai retomar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, motivado pela pandemia de Covid-19 e que autoriza empresários a reduzir salários e carga horária e até a suspender contratos de trabalho.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, mostram que 9.849.115 empregados formais tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho durante os oito meses em que o programa vigorou no ano passado.
Com isso o Governo conseguiu , segundo o Ministro, não só não perder nenhum emprego, como gerar 140 mil novas vagas e por isso o programa será renovado.
Segundo Paulo Guedes, o programa foi um dos mais bem-sucedidos do enfrentamento à pandemia e evitou a demissão de milhões de trabalhadores.
A retomada do programa é uma reivindicação de representantes de segmentos empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria.
O ministro não informou datas para a nova rodada do programa e nem disse qual será o impacto financeiro para a União.
Quando foi anunciado pela primeira vez, o programa tinha custo estimado de 51 bilhões de reais e duração de três meses, que se transformaram em nove meses após duas prorrogações.
Segundo o Ministério da Economia, o programa de manutenção do emprego ajudou a evitar a perda de vagas em 2020 e, com isso, contribuiu para o resultado do emprego formal nos últimos meses do ano, pois o país gerou 142.690 empregos com carteira assinada em 2020.