A cidade de Guaíra está encoberta bom uma nuvem cinza e densa de fumaça. Outras cidades da região sofrem com o mesmo problema.
O principal motivo deste cenário é o registro de incêndios ambientais de grande proporção em áreas de mata da região. Um dos focos de fogo é o Parque Nacional de Ilha Grande, localizado a cerca de 2 km de Guaíra. No local, neste momento, as chamas estão concentradas na área da Várzea Continental, que fica na divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul e fronteira com o Paraguai, e é conhecida popularmente como o “banhado” do parque.
O incêndio segue desde o dia 19 de agosto e, desde então, equipes de resgate atuam para tentar combater os incêndios florestais de grande intensidade que atingiram a Unidade de Conservação. Além dos bombeiros do Paraná, bombeiros do Rio Grande do Sul e brigadistas estão no local combatendo os focos de fogo.
De acordo com o boletim oficial divulgado pelo Parque Nacional de Ilha Grande, “o incêndio que acomete a maior ilha do arquipélago segue controlado. Entretanto, mesmo com os esforços da equipe de brigadistas, os fortes ventos e o acúmulo de material combustível, fizeram com que a velocidade e o avanço da linha de fogo fosse muito alta, limitando as estratégias de combate planejadas”.
A mistura de material particulado na atmosfera oriundo de queimadas produz muita fumaça em municípios do Noroeste e Oeste paranaense, mas nas outras regiões mais distantes esse impacto é menor, de acordo com o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná). No mapa disponibilizado pelo instituto, é possível ver a concentração – em tons avermelhados – da massa de ar quente, originada pelo fogo no Oeste do estado.
(Foto: Simepar)
Os incêndios liberam na atmosfera material particulado, substâncias tóxicas que causam irritação nas narinas, olhos e garganta, além de agravar doenças pré-existentes. Além disso, extensos e persistentes incêndios florestais como os registrados em Ilha Grande também geram impacto na temperatura do ar e da umidade relativa do ar.
As condições do clima, combinadas com o longo período de estiagem, associados ao aumento das temperaturas – chegando a 33°C -, além da queda da umidade relativa do ar – que variam de 28% a 65% -, deixam o cenário favorável para a propagação dos grandes incêndios.
Na imagem de satélite, é possível ver a concentração da nuvem de fumaça.
(Foto: Simepar)
Ainda segundo o Parque Nacional, “Todo o esforço do efetivo operacional está concentrado na tentativa de um combate para controle das chamas nas áreas atingidas”.
Redação Catve.com