Mais um problema tem afetado o setor avícola: nos últimos meses, a situação no posto de fronteira entre Paraguai e Brasil, em Foz do Iguaçu, está gerando muitos transtornos e prejuízos para as agroindústrias do setor de proteína animal que estão importando milho do Paraguai para suprir o abastecimento de ração animal.
O problema está relacionado a razão animal
Centenas de caminhões estão represados em fila de espera, atraso gerado pela operação padrão dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Receita Federal.
A estimativa com perdas decorrentes do excesso de morosidade para liberação do fluxo de transporte entre os países está em aproximadamente 80 milhões de reais por ano.
A Organização Avícola do Rio Grande do Sul emitiu documento às autoridades estaduais e federais com alerta e pedido de busca de soluções para este problema considerado grave e que se acentua a cada dia.
Os prejuízos são ainda mais evidentes para os estados da região Sul, duramente afetados por estiagens consecutivas, que têm como alternativa a importação de milho em países como Paraguai e Argentina.
Por outro lado, o Governo Federal decidiu pela redução de 10% nas alíquotas do imposto de importação sobre vários produtos.
O objetivo, segundo o Ministério da Economia, é reduzir os impactos decorrentes da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os preços de insumos do setor produtivo.
Serão afetados pela medida produtos como feijão, carne, massas, biscoitos, arroz e materiais de construção, dentre outros itens.
No total, 6.195 mercadorias, quase todos os bens importados, terão redução no imposto.
A medida foi anunciada na noite de ontem e, segundo o secretário de Comércio Exterior do ministério, Lucas Ferraz, se somada à redução de 10% já realizada no ano passado, aproxima o nível tarifário brasileiro da média internacional e, em especial, dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A vigência desta medida tem prazo determinado e deve vigorar até o final de 2023.