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Itaipu lança licitação do projeto da nova ponte entre Brasil e Paraguai: ligação vai viabilizar corredor bioceânico

Licitação para projeto executivo foi lançada em Carmelo Peralta, no Paraguai, neste sábado, com a presença do presidente do país, Mario Abdo e do governador de MS, Reinaldo Azambuja.

A Itaipu Binacional lançou neste sábado (20), em Carmelo Peralta, no Paraguai, a licitação no valor de US $ 7,5 milhões (R$ 28,05 milhões) para a contratação de uma empresa que fará o estudo de viabilidade, o projeto final de engenharia e a fiscalização da obra da nova ponte rodoviária que ligará o país ao Brasil, a Bioceânica.
A nova ponte vai ser construída sobre o rio Paraguai, ligando Carmelo Peralta, a Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul. Hoje, a ligação entre as duas cidades ocorre somente por meio de balsas.
Segundo o engenheiro responsável pela obra, Pánfilo Benitez, em oito meses devem estar concluídos os estudos técnicos e ainda no primeiro semestre de 2020 deve ser licitada a obra, que deve começar até o fim do próximo ano. Ele aponta que um anteprojeto da ponte elaborado pelo Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Brasil, assim como os estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) realizados pelo órgão brasileiro, tem ajudado a acelerar o andamento do projeto.
A ponte, sobre o rio Paraguai, terá 680 metros de comprimento e será do tipo estaiada,com duas torres com mais de 100 metros de altura e viadutos de 150-metros nas cabeceiras, com um vão de 380 metros de altura de 22 metros, possibilitando a passagem pela hidrovia do Paraguai até de grandes barcaças.
O desenho da ponte Bioceânica será similar a da ponte da integração sobre o rio Paraná, que ligará as cidades de Presidente Franco, no Paraguai e Foz do Iguaçu, no Paraná, e que também será financiado pela Itaipu Binancional, mas neste caso, a parte brasileira. Já a estrutura que alcançará Mato Grosso do Sul ficará a cargo da parte paraguaia da empresa.
As duas pontes binacionais foram concretizadas por um acordo firmado em 21 de dezembro de 2018 pelos governos do Brasil e do Paraguai por meio de uma declaração conjunta sobre integração física. A decisão foi ratificada posteriormente pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a direção executiva da binacional e ocorreu 54 anos depois da inauguração da ponte da Amizade, entre Ciudad Del Este, no Paraguai e Foz do Iguaçu, no Brasil.
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), destacou que a construção da ponte representa a realização de um sonho para a população do estado, em especial, os moradores da região sudoeste.
Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, destacou que ponte viabilizará a rota bioceânica. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, destacou que ponte viabilizará a rota bioceânica. — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Ele comentou que com a estrutura vai se superar um dos maiores gargalos logísticos para viabilizar o corredor bioceânico que vai assegurar um expressivo ganho de competitividade a produção sul-mato-grossense, encurtando, por exemplo, em 8 mil quilômetros, a partir de Campo Grande, o acesso de produtos “Made in MS” ao mercado asiático, o que representa a “economia” de 17 dias na viagem entre o embarque e o destino.
A estimativa do diretor geral paraguaio da Itaipu, José Alberto Alderete, é que a obra custe aproximadamente US$ 75 milhões, o equivalente a R$ 280 milhões (na cotação de sábado, R$ 3,74). A previsão, segundo ele, é que a ponte Bioceânica seja entregue em abril de 2023.
“A rota não vai ser benéfica somente para o Paraguai e o Brasil, mas para toda a região. Para o Chile, para a Bolívia e para a Argentina. Vai ser o nosso canal do Panamá, unindo o Atlântico ao Pacífico. Antes, Porto Murtinho, no Brasil, e Carmelo Peralta, eram consideradas fim de linha, eram a cauda, agora vão ser as cabeças”, ressaltou o diretor.
O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benites, que esteve presente ao evento, avaliou que a rota vai mudar a configuração logística de toda a região, trazendo uma competitividade ainda maior aos produtos de Mato Grosso do Sul e que vai ser o instrumento para levar desenvolvimento ao departamento (estado) do Alto Paraguai. “O Paraguai, um país sem costa, vai ter uma ligação com dois oceanos”, destacou.
Mario Abdo ressaltou ainda que a construção pela Itaipu, uma empresa dos dois países, demonstra a união entre as nações e que novas pontes como a Biocênica e a da a Integração vêm para suprir uma crescente carência por uma maior aproximação entre os país.
Lembrou ainda que quando foi construída a primeira ponte entre Brasil e o Paraguai, a da Amizade, o panorama econômico dos dois países era totalmente diferente, e que não se poderia esperar mais 50 anos para se fazer uma nova ligação rodoviária.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico , Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, lembrou que além da ponte será necessário construir alças de acesso a estrutura. Do lado brasileiro o trecho terá 11,6 quilômetros.
Junto com esse acesso ou em uma área próxima, Verruck comenta que deverá ser construída ainda uma estrutura para abrigar todos os órgãos que estarão envolvidos na travessia de pessoas, produtos e veículos de um país a outro, como a Polícia Federal, Receita Federal e Vigilância Sanitária, entre outros.
A ideia inicial, conforme ele, é que essa estrutura, abrigue tanto os órgãos do Brasil quanto do Paraguai, o que agilizaria o tramite alfandegário.
Para essas obras complementares a ponte, a estimativa é de um investimento de R$ 139 milhões, recursos, que, conforme o secretário, a bancada federal do estado já trabalha para incluir na Lei Orçamentária Anual (LOA), do governo federal para o próximo ano.
Obras Paraguai
Paralelo ao projeto da construção da ponte Bioceânica, o governo paraguaio já executa uma outra obra fundamental para a viabilização do corredor, a pavimentação asfáltica de um trecho de 277 quilômetros entre Carmelo Peralta e Loma Plata, com investimento de aproximadamente US$ 420 milhões.
A obra está sendo executada em duas frentes de trabalho por um consórcio de empresas paraguaias e a construtora brasileira Queiroz Galvão, e a previsão é que os primeiros trechos sejam entregues já em setembro deste ano, com conclusão da pavimentação em 2022.
Expedição destacou viabilidade da rota
Entre agosto e setembro de 2017, uma expedição formada por empresários e autoridades percorreu todo o trajeto do corredor bioceânico. O grupo saiu do Brasil e passou pela Paraguai, Argentina e Chile para analisar viabilidade do corredor rodoviário terrestre. A expedição saiu de Campo Grande e depois de chegar a Antofagasta, no Chile, se deslocou até Assunção, no Paraguai, onde acompanhou o governo paraguaio reafirmar seus compromissos com a viabilização do projeto.
Além de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, o leste do Paraná, o oeste de São Paulo e Minas Gerais podem ser os maiores beneficiados com a viabilização do corredor terrestre entre o Brasil e os portos chilenos. A avaliação foi feita várias vezes por Cláudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS). A entidade que promoveu a expedição no ano passado.
Conforme o presidente do Setlog/MS, a ideia é inicialmente utilizar esse corredor rodoviário para o transporte de produtos com valor agregado destes seis estados para escoamento pelos portos do Chile principalmente para o mercado asiático. O transporte de commodities, como a soja, por exemplo, dependeria, conforme avaliação da entidade, de que os caminhões retornassem para o Brasil trazendo alguma carga, como feijão, que tem nas regiões argentinas por onde passa a rota (San Salvador de Jujuy e Salta), uma grande produção ou mesmo vinho (produzido no Chile ou na Argentina), entre outros.
Na avaliação do sindicato, mais do que encurtar em 8 mil quilômetros de rota marítima a exportações destes estados para a Ásia, a rota possibilitará também o incremento das negociações entre os quatro países por onde ela passa, a integração cultural e também o turismo.
Segundo a Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o corredor vai ter potencial para movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couros, para os outros países por onde o corredor passará e também par ao mercado asiático. Esse volume de recursos representa mais de um quarto do total do faturamento com as exportações do estado no ano passado, que foi de R$ 5,6 bilhões.
A China mais próxima
Verruck destacou a rota bioceânica vai possibilitar um ganho de competitividade principalmente em relação ao maior parceiro comercial do estado, a China, que é responsável por 54% do faturamento sul-mato-grossense com as exportações, comprando principalmente soja, celulose, açúcar e couro.
O secretario lembrou que junto com a construção da ponte o município de Porto Murtinho tem três projetos para incrementar o uso da hidrovia do rio Paraguai, com a construção pela iniciativa privada de novos terminais, sendo que um já está em avançado estádio de execução. Esses empreendimentos, conforme ele, vão transformar a cidade em “hub logístico”, um grande centro de embarque e desembarque de produtos.
Conforme o presidente do Setlog/MS, a ideia é inicialmente utilizar esse corredor rodoviário para o transporte de produtos com valor agregado destes seis estados para escoamento pelos portos do Chile principalmente para o mercado asiático. O transporte de commodities, como a soja, por exemplo, dependeria, conforme avaliação da entidade, de que os caminhões retornassem para o Brasil trazendo alguma carga, como feijão, que tem nas regiões argentinas por onde passa a rota (San Salvador de Jujuy e Salta), uma grande produção ou mesmo vinho (produzido no Chile ou na Argentina), entre outros.
Na avaliação do sindicato, mais do que encurtar em 8 mil quilômetros de rota marítima a exportações destes estados para a Ásia, a rota possibilitará também o incremento das negociações entre os quatro países por onde ela passa, a integração cultural e também o turismo.
Segundo a Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o corredor vai ter potencial para movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couros, para os outros países por onde o corredor passará e também par ao mercado asiático. Esse volume de recursos representa mais de um quarto do total do faturamento com as exportações do estado no ano passado, que foi de R$ 5,6 bilhões.
A China mais próxima
Verruck destacou a rota bioceânica vai possibilitar um ganho de competitividade principalmente em relação ao maior parceiro comercial do estado, a China, que é responsável por 54% do faturamento sul-mato-grossense com as exportações, comprando principalmente soja, celulose, açúcar e couro.
O secretario lembrou que junto com a construção da ponte o município de Porto Murtinho tem três projetos para incrementar o uso da hidrovia do rio Paraguai, com a construção pela iniciativa privada de novos terminais, sendo que um já está em avançado estádio de execução. Esses empreendimentos, conforme ele, vão transformar a cidade em “hub logístico”, um grande centro de embarque e desembarque de produtos.
Fonte: G1
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Economista e professor, Claiton Schlindwein é anunciado vice na chapa de Arion

Fortalecendo a sua candidatura, o pré-candidato a prefeito, Arion Nasihgil, anunciou hoje o economista e professor Claiton Schlindwein (PODEMOS) como pré-candidato a vice-prefeito na sua chapa. A escolha, que era aguardada pelo meio político local e vinha dando frutos a discussões animadas entre os eleitores, promete adicionar uma nova etapa à corrida eleitoral.

Claiton Schlindwein também é conhecido por sua atuação no serviço comunitário. Com mais de 20 (vinte) anos dedicados ao Lions Club, passando por vários cargos nesta entidade filantrópica, Claiton tem um histórico de envolvimento em iniciativas de voluntariado que beneficiaram inúmeras pessoas na comunidade.

No setor privado, Schlindwein tem uma vasta experiência no setor bancário onde atua há 35 (trinta e cinco) anos, dos quais 28 (vinte e oito) anos como gerente da Caixa Econômica Federal. Além de professor, também foi Diretor na Faculdade de Ensino Superior de Marechal Cândido Rondon – PR (ISEPE) por mais de 5 (cinco) anos. Com várias especializações na área de gestão, sua grande experiência prática no trabalho com pessoas e serviços, é vista como um trunfo valioso para a chapa de Arion, que tem como foco o desenvolvimento econômico e social de Marechal Cândido Rondon, prometendo uma gestão séria e de qualidade.

Arion elogiou a expertise de Claiton em suas áreas de atuação e sua visão para o crescimento econômico sustentável de nosso município. “Prometemos que traríamos um nome de peso para essa disputa, que efetivamente soubesse fazer gestão com excelência, e hoje cumprimos com essa palavra. Muito antes de apenas angariarmos votos, estamos preocupados em fazer Marechal Cândido Rondon crescer e se desenvolver como um município de potencial regional e estadual. Claiton tem a seriedade, a credibilidade e a confiança que um vice-prefeito precisa para auxiliar o gestor a construir um município como sempre sonhamos. Estamos falando de um economista, professor, bancário, com vasta atuação em nossa sociedade. Administração pública não depende apenas de boas promessas e discursos bonitos, mas sim de conhecimento, experiência e sabedoria, e isso o Claiton tem de sobra”, declarou Arion.

Respondendo ao anúncio, Claiton Schlindwein compartilhou sua visão para a cidade e reiterou seu compromisso com a pré-campanha. “Estou honrado em me juntar ao Arion nesta jornada. Nossa colaboração é uma promessa de políticas que irão impactar positivamente todos os cidadãos de Marechal Cândido Rondon, fomentando não apenas o crescimento econômico, mas também a inclusão e o bem-estar social”, afirmou.

A adição de Claiton Schlindwein à chapa é um sinal claro de que a campanha de Arion está se posicionando para sinalizar aos eleitores, que valorizam a experiência prática, sobre a seriedade e o comprometimento ético que serão aplicados na proposta de gestão para o município. O compromisso de trazer uma gestão com pessoas técnicas e experientes está se consolidando.

À medida que as eleições se aproximam, a chapa Arion Nasihgil e Claiton Schlindwein se destaca como uma força significativa, prometendo trazer à população propostas inovadoras para o alcance das metas e objetivos pré-estipulados nessa corrida eleitoral.

 

Com Assessoria

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Arion anuncia daqui a pouco seu pré-candidato a vice no grupo de oposição. Vereador Dionir deve desistir do pleito deste ano

Reportagem com Maiko Bucker

 

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AMOP se reúne hoje com a Copel para discutir as frequentes quedas de energia elétrica

A Associação dos Municípios do Oeste – AMOP realiza nesta sexta-feira a 4º Assembleia Geral Ordinária da entidade.

A agenda inicia as 9h, com discussão e explanação de advogados sobre legislação eleitoral; seguido de uma apresentação do prefeito de Pato Bragado, Leomar Rohden, o Mano, sobre o “Tecnologia Wifi Livre”; depois apresentação do programa MAPA Digital; e por ultimo um encontro para discutir os problemas de queda de energia na região Oeste.

Essa pauta está sendo organizada pelo deputado estadual Hussein Bakri, o qual viabilizou a participação de dois diretores importantes da Copel, que estarão daqui a pouco na sede da AMOP em Cascavel para discutir o problema.

Segundo a assessoria de Hussein Bari; diretores regionais do Oeste da Copel, também participarão do evento com o objetivo de encontrar alternativas para solucionar, ou ao menos, minimizar os muitos problemas com energia elétrica nos municípios de toda a região.

Conforme Hussein Bakri, o objetivo é organizar um plano de trabalho com a Copel, para resolver a situação de uma vez por todas.

 

Com Assessoria

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