Atendendo pedido do Ministério Público, formulado em ação civil pública por ato de improbidade administrativa ajuizada por meio da Promotoria de Iporã, a Justiça determinou liminarmente o bloqueio de 6 milhões, 437 mil, 459 reais e 47 centavos em bens de 35 réus.
Entre eles, estão o prefeito de Iporã – atualmente afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná -, o ex-secretário municipal de Compras e Licitações, empresários e empresas, todos investigados a partir da Operação Cleptocracia.
Deflagrada em outubro do ano passado pelo núcleo de Cascavel do Gaeco e pela Promotoria de Justiça de Iporã, a operação apurou a existência de uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de fraude em licitações, corrupção passiva, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, liderada pelo prefeito de Iporã e integrada por agentes públicos e parentes do gestor.
A diversidade de crimes praticados pelos réus originou diversos processos. A ação que gerou a decisão de bloqueio de bens diz respeito a fraudes em pregão presencial destinado à construção de um abatedouro de frangos para o município.
As investigações apontaram que o procedimento licitatório, embora homologado, nem sequer existiu.