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Justiça intervem e aponta irregularidades na eleição do novo presidente da Fiep

Posse que estava marcada para dia 1o está suspensa

A Justiça do Trabalho determinou que a Federação das Indústrias do Estado do Paraná convoque uma assembleia em até 48 horas para analisar um recurso da chapa derrotada na eleição para a presidência da entidade, em agosto.

A sentença publicada ontem suspende a posse do presidente eleito, Carlos Walter Pedro, até que a medida seja cumprida.

A troca de comando na Fiep estava marcada para o próximo dia 1º de outubro.

O autor do pedido de liminar, José Eugênio Gizzi, foi vencido no pleito por dois votos de diferença, porém alega que a Federação não cumpriu o regulamento eleitoral.

De acordo com Gizzi, o presidente da federação, Edson Campagnolo, feriu o regimento ao não convocar assembleia geral para analisar recurso ao indeferimento da impugnação de quatro votos.

Ocorre que a chapa derrotada havia impugnado quatro votos na eleição, mas a comissão eleitoral julgou o pedido improcedente e portanto, o recurso, inicialmente rejeitado pela presidência, busca reverter essa decisão.

Em sua decisão, a juíza substituta Fabiana Meyenberg Vieira, da 10ª Vara do Trabalho de Curitiba, sustenta que a Presidência da Fiep não respeitou o regulamento eleitoral da entidade ao deliberar sobre a convocação ou não da assembleia.

Na sentença a juíza escreve que a competência para julgar o recurso interposto pela parte autora é do Conselho de Representantes e que não cabe ao Presidente da Federação ré analisar a viabilidade ou não de convocação de assembleia para tal julgamento, eis que se trata de previsão expressa no Regulamento Eleitoral.
Com isso, a solenidade de posse do presidente eleito da Fiep está cancelada , até o desfecho da situação.