Promotores questionam a não prorrogação da quarentena restritiva
O Ministério Público do Paraná pediu novamente que a Justiça Estadual reconsidere um pedido de liminar negado no fim de junho e que solicitava a determinação de lockdown no Paraná, ou ao menos nas macrorregiões Leste e Oeste, “à vista da gravíssima situação epidemiológica que enfrentam”.
O pedido havia sido deferido apenas parcialmente pelo juiz substituto Eduardo Lourenço Bana, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, atendendo a outro requerimento do MP, que pedia a retirada de cultos e aconselhamentos religiosos presenciais do rol de atividades consideradas essenciais no Decreto 4.388/2020.
O promotores de justiça Marcelo Paulo Maggio, da macrorregião Leste, Angelo Mazzucchi Santana Ferreira, da regiao Oeste , Susana Broglia Feitosa de Lacerda, do Norte e Michele Nader, do Noroeste, querem que aquele pedido seja agora integralmente deferido, “diante da grave situação sanitária ora vivenciada no estado do Paraná e que, doravante, até a situação controlar-se, só tende a infelizmente tornar-se ainda mais complexa, com indicativos de que, fundamentalmente, poderá haver colapso à assistência à saúde de sua população”.
Na peça, os promotores criticam a decisão do governo do estado que não prorrogou a chamada “quarentena restritiva” que vigorou de 1º a 14 de julho nas regionais de saúde de Londrina, Cascavel, Cornélio Procópio, Toledo, Cianorte, Foz do Iguaçu e Região Metropolitana de Curitiba , justamente em data na qual houve de um dia para o outro o negativo recorde de mortos, que se tornou notícia nacional.
No dia 14, foram contabilizados 57 óbitos em decorrência de Covid-19, o maior número até agora.
No final da tarde de ontem, o juiz Eduardo Lourenço Bana pediu mais informações para o MP-PR, antes de tomar sua decisão.