Marechal Cândido Rondon intensifica o combate ao mosquito Aedes aegypti com a instalação de ovitrampas

Diante do expressivo aumento dos casos de dengue e chikungunya no Paraná, e considerando a crescente preocupação local com o avanço dessas arboviroses, o setor de endemias da Secretaria de Saúde de Marechal Cândido Rondon implementou uma nova estratégia de vigilância entomológica: as ovitrampas. A medida visa monitorar e controlar de forma mais eficaz a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, principais vetores dessas doenças.

As ovitrampas são armadilhas simples, porém altamente eficazes, compostas por um recipiente plástico preto com água limpa e uma palheta de madeira (geralmente de Eucatex), onde as fêmeas dos mosquitos depositam seus ovos. A contagem desses ovos permite identificar precocemente as áreas com maior densidade vetorial, possibilitando o direcionamento mais preciso das ações de controle.

Essa tecnologia de monitoramento, recomendada pelo Ministério da Saúde e normatizada no Estado do Paraná por meio da Nota Técnica nº 12/2023 – DVDTV/CVIA/SESA, tem se mostrado uma ferramenta estratégica em diversos municípios brasileiros, contribuindo significativamente para a redução dos índices de infestação.

A implantação de ovitrampas em Marechal Cândido Rondon iniciou no bairro Floresta, selecionado com base em critérios epidemiológicos. Os pontos de instalação seguem orientações técnicas específicas, como a necessidade de proteção contra sol e chuva, altura adequada em relação ao solo e, quando necessário, a autorização expressa do morador.

As ovitrampas são monitoradas em ciclos mensais, com substituição das palhetas após cinco a sete dias e recolhimento das armadilhas em até 14 dias. As palhetas são então encaminhadas ao laboratório para contagem e análise, gerando indicadores como o Índice de Densidade de Ovos (IDO) e o Índice de Positividade das Ovitrampas (IPO), fundamentais para a estratificação do risco entomológico.

O sucesso da estratégia depende não apenas da execução técnica adequada, mas também da colaboração da comunidade. A participação dos moradores é essencial tanto para permitir a instalação das armadilhas quanto para garantir sua preservação.

A expectativa da equipe de vigilância é expandir o uso das ovitrampas para outras localidades do município, conforme a evolução dos dados e a necessidade de intensificação das ações de controle vetorial. O método reforça o compromisso do município com a saúde pública e a prevenção das arboviroses, promovendo uma resposta mais rápida, direcionada e eficiente diante do atual cenário epidemiológico.