Marechal Rondon poderá ter troca de reciclados por produtos hortifrútis

Isso garantirá lucratividade para as duas atividades

 

Está em tramitação na Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo Municipal, que dispõe sobre a criação do projeto “Ecopontos”, o qual vai garantir à população a possiblidade de trocar resíduos recicláveis por produtos hortifrutigrangeiros, que são comercializados nas Feiras dos Produtores.

 

Conforme o prefeito Marcio Rauber afirma na justificativa ao projeto de lei 4/2021, se aprovado e com a posterior adesão dos rondonenses, a expectativa é que ao longo de seis meses haja um incremento de 21 toneladas na reciclagem praticada no Município.

Isso se traduzirá em mais de R$ 12 mil em renda para as associações de catadores; além de outros R$ 20 mil em produtos ofertados nas Feiras.

Na fase inicial, o projeto prevê o cadastramento de 700 munícipes, que poderão entregar o resíduos nos pontos de coleta e, em troca, receberão vales denominados de “Ecopontos”.

Estes vouchers poderão ser utilizados nas Feiras do Produtor ou, então, revertidos em benefícios para entidades assistenciais, tais como a Apae ou o Asilo Lar Rosas Unidas.

No segundo semestre do ano passado, através de convênio entre a Itaipu Binacional e a Associação de Catadores Amigos da Natureza foi desenvolvido um projeto piloto nos loteamentos Natacha e Frankfurt.

A ação aumentou consideravelmente o volume de recicláveis destinados à ACAN e injetou cerca de R$ 7 mil na Feira Sabor e Arte.

De acordo com o Poder Executivo Municipal, os benefícios econômicos e sociais do projeto “Ecopontos” são diversos.

Entre eles destacam-se: promoção da segurança alimentar e da alimentação saudável; incentivo à produção e comercialização da safra de pequenos agricultores; incentivo à reciclagem e à destinação correta dos resíduos; combate à pobreza; promoção do cooperativismo; economia dos gastos públicos com a limpeza urbana; ampliação da vida útil do aterro sanitário; e eliminação de focos de mosquitos transmissores de doenças.

Atualmente, a Prefeitura tem contrato de prestação de serviços para a coleta seletiva com duas entidades de catadores: a Cooperativa dos Agentes Ambientais (Cooperagir), além da ACAN.

Essa atividade garante o sustento de 68 famílias, que tem sua renda de acordo com a quantidade de material reciclável comercializado.