Rádio Difusora do Paraná

Mesmo com seca, projeções indicam que agronegócio deve salvar o PIB em 2022

Para que isso ocorra previsões de colheita precisam se concretizar

 

Com perspectivas de estagnação em 2022, a economia brasileira só não deve encerrar o ano com queda do Produto Interno Bruto  em razão da produção do agronegócio.

Apesar do cenário de estiagem que vem derrubando as estimativas de safra das regiões Sul e Centro-Sul do país desde o ano passado, o PIB do setor tende a observar um crescimento de 3%, segundo a mediana de projeções de analistas do mercado, podendo chegar a 5,2% na previsão mais otimista.

O cenário, a se confirmar, colocaria o agro como único segmento com crescimento expressivo, contrastando com a expectativa de retração de 0,6% da atividade industrial e de ligeira alta de 0,5% do setor de serviços, segundo o último Boletim Focus.

O desempenho da agropecuária poderia ser ainda melhor, não fossem as condições climáticas adversas.

Desde o ano passado, estados das regiões Sul e Centro-Oeste sofrem com a estiagem, provocada pelo fenômeno La Niña.

A falta de chuvas deve provocar uma queda de cerca de 9% na safra de soja na comparação com a colheita anterior, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento.

Por outro lado, a mesma queda na produção, associada ao aumento na demanda em todo o mundo, têm elevado a cotação das commodities no mercado global.

Na bolsa de Chicago, o contrato futuro da soja com vencimento em março subiu mais de 16% desde o início do ano e já opera no maior patamar já registrado.

A previsão da Conab é que 80 milhões de toneladas de soja sejam exportadas este ano.

No tocante ao milho as estimativas da Conab indicam  uma colheita de  112 milhões 340 mil  toneladas  na safra 2021/22, um incremento de 29% em relação à safra anterior.