Durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019, na capital paulista, ontem, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina disse que o crescimento do setor agropecuário e a proteção do meio ambiente não são premissas conflitantes.
Projeções são otimistas para grãos e carnes nos próximos anos
Segundo ela “o Brasil é uma potência agroalimentar, mas também é uma potência ambiental. Apesar de neste momento isso ser altamente questionado. Para seguir incrementando a produção nacional e minimizando os impactos ao meio ambiente, o governo brasileiro e o setor privado precisam continuar trabalhando juntos”.
Para Tereza Cristina, os grandes produtores rurais estão cientes de que a sustentabilidade da sua produção afeta a aceitação dos seus produtos nos mercados externos, e de que estão sob influência de mudanças climáticas.
A ministra acrescentou que: “A agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas, temperaturas médias mais altas, mudanças das chuvas, aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos assim como a possibilidade de aumento de danos causados por pragas e doenças poderão afetar fortemente o trabalho no campo”.
Projeções mencionadas por ela apontam que nos próximos dez anos a produção brasileira de grãos crescerá 27%, carne bovina 19%, suína 25% e frango 28%.
Parte dessa produção será destinada ao mercado externo, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional global.
A propósito, números apesentados pelo Ministério da Agricultura mostram que as exportações de milho alcançaram recorde histórico para os meses de setembro em quantidade e valor.
Segundo o Mapa, foram exportadas 6 milhões e meio de toneladas, equivalente a 1 bilhão e 100 milhões de dólares.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, a safra de milho 2018/2019 foi recorde, o que aumentou a oferta do cereal e ampliou o excedente para exportação.
Os embarques do milho também tiveram desempenho favorável no acumulado do ano, de janeiro a setembro, chegando a 4 bilhões 980 milhões de dólares, com a expansão de 130% na quantidade comercializada .
Os principais países compradores do milho brasileiro foram, pela ordem: Japão, Coreia do Sul, União Europeia , Vietnã e Taiwan.
O algodão foi outro produto com destaque nas exportações com incremento nas vendas no mês de 50%, com 229 milhões de dólares e embarques de 142 mil de toneladas.