Até o começo de novembro devem começar as obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que já estão bastante avançadas no lado brasileiro, também no lado paraguaio.
Todas as obras serão custeadas pela Itaipu Binacional
A sinalização foi dada pelo ministro de Obras Pública e Comunicações do Paraguai, Arnoldo Wiens, ao diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Luiz Felipe Carbonell, durante visita, no sábado passado, ao canteiro da construção, nas imediações do Marco das Três Fronteiras, no bairro Porto Meira, em Foz do Iguaçu.
A nova ponte entre Brasil e Paraguai, uma das obras mais aguardadas pela população de todo o Paraná e uma das mais importantes para o escoamento de produtos da região para a América Latina, é bancada com recursos da margem brasileira da Itaipu e vai ligar o município de Foz do Iguaçu a Presidente Franco.
Ela vai desviar em grande parte o fluxo da Ponte da Amizade, que também faz ligação entre Foz do Iguaçu só que a Ciudad del Este, o maior shopping de céu aberto da América do Sul. É a fronteira mais movimentada do Brasil.
O ministro Arnoldo Wiens disse que todos os entraves burocráticos que ainda impediam a construção do lado paraguaio serão resolvidos, entre eles a agilidade na liberação e circulação de materiais e equipamentos, para dar eficiência à obra, e a contratação de operários paraguaios para erguer a ponte em Presidente Franco.
Ele teve a oportunidade de conhecer o local onde será assentada a cabeceira da ponte na margem direita do Rio Paraná, e mais profundamente alguns problemas que poderiam atrasar o início das obras no Paraguai.
Questões relacionadas à exportação e importação temporária de máquinas e equipamentos, assim como os casos de migração e relações trabalhistas, navegação no Rio Paraná e uso da área na margem paraguaia para a implantação do canteiro de obras e propriamente a construção da ponte foram superadas, por exemplo.
O diretor de Coordenação da Itaipu, área que trabalha mais diretamente ligada à construção da segunda ponte, ficou bastante satisfeito.
Segundo Carbonell, desde o início do processo, as chancelarias dos dois países, no maior espírito de cooperação, característico de brasileiros e paraguaios, vêm buscando soluções para superar impasses que possam atrasar a construção.
O investimento previsto é de 463 milhões de reais, dos quais 323 milhões serão usados na ponte e 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277.