Apesar do alerta, secretário de Saúde, Beto Preto, acredita que o alto índice de vacinação no Paraná ajudará a evitar a disseminação da nova cepa do coronavírus.
A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) monitora seis pessoas que desembarcaram no Paraná e estavam no voo com um brasileiro, com passagem pela África do Sul, que testou positivo para a Covid-19 no domingo (28).
O Ministério da Saúde investiga se o paciente, que apresenta sintomas leves, está contaminado com a variante ômicron, originária do continente africano e que preocupa os cientistas pelo número de mutações.
O sequenciamento genético para a identificação da cepa do vírus está sendo feito pelo Instituto Adolfo Lutz, e a previsão é que a análise fique pronta em até cinco dias. O paciente, que já está em isolamento, tem esquema vacinal completo. É um homem, de 29 anos, morador de Guarulhos.
Segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, as pessoas que estiveram no voo são monitoradas.
“Estamos analisando as chegadas de pessoas que vieram da África. Seis passageiros do voo com o caso positivo vieram para o estado do Paraná. Estamos mantendo contato com os municípios e vamos pedir quarentena para quem vem do exterior, principalmente da África”, afirmou Beto Preto.
O secretário afirmou confiar no índice de vacinação do Paraná para conter a nova variante.
“A nossa cobertura vacinal é muito boa, diferente do leste europeu e da África. As condições aqui para o vírus se desenvolver é muito menor, mas manteremos sempre a vigilância”, pontuou o secretário.
No domingo (28), a Prefeitura de Curitiba recomendou uma quarentena de 14 dias a passageiros que vieram de países com restrição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para evitar o avanço nova variante do coronavírus.
Segundo a prefeitura, é necessário que as pessoas que estiverem nestes países entrem em contato pelo telefone (41) 3350-9000, para que sejam realizadas as testagens delas e de quem manteve contato direto.
Secretário de Saúde, Beto Preto, confirmou que seis pessoas são monitoradas — Foto: Reprodução/RPC
Ômicron
Reportada na semana passada pelo centro de vigilância, a nova variante do coronavírus, a ômicron, ainda é pouco conhecida por cientistas e pesquisadores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que vai precisar “de várias semanas” para compreender melhor esta nova variante do coronavírus.
Não há, até o momento, nenhuma certeza sobre a gravidade e se ela apresenta resistência à vacinação – que é bastante baixa nos países do sul africano, onde foi identificada.
Na África do Sul, quase 24% da população está totalmente vacinada. Em Botsuana, menos de 20%. Já no Brasil, a situação é outra. 60% da população tomou as duas doses da vacina ou a dose única.