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Operação Hórus já aprendeu mais de 100 milhões de reais de contrabando na região

As apreensões de cigarros contrabandeados realizadas pela Operação Hórus nas fronteiras do Paraná já somam R$ 100 milhões.

O último balanço apontava que de abril a outubro já havia sido apreendidas 18,7 milhões de maços de cigarro, o que somava R$ 99,8 milhões, mas de acordo com o coordenador-geral de fronteiras da Secretária de Operações Integradas, Eduardo Bettini, o número já chega a 20 milhões de maços, aproximadamente R$ 100 milhões.

No Paraná, o maior problema das fronteiras é o cigarro, por isso o volume é tão significativo, mas o foco das organizações criminosas muda a cada estado, assim como a estrutura é cada vez mais diversificada.

Além das apreensões, Eduardo cita a mudança de paradigma que a Operação trouxe ao combate ao crime nas fronteiras, com o bloqueio de passagens em alguns pontos, cessando as atividades criminosas com a presença constante das forças de segurança.

Além dos cigarros apreendidos, outros números chamam a atenção. Somente relacionado ao pagamento de impostos dos produtos contrabandeados que foram apreendidos, o prejuízo aos cofres públicos evitado na Operação Hórus chegou a R$ 88,4 milhões.

Foram apreendidas 3,6 toneladas de drogas, 145 veículos e 50 embarcações. Esses números somente no Paraná.

No total da Operação, que completou recentemente 200 dias e atualmente abrange também Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foram apreendidos cerca de R$ 123 milhões em cigarros (21,6 milhões de maços), mais 39 toneladas de drogas, 752 pneus, 1.300 quilos de agrotóxico, 1.312 celulares, 302 veículos e 69 embarcações, e 44 veículos recuperados.

Contudo, no total, a Operação Hórus estima que deixaram de entrar no País R$ 5 bilhões de contrabando nesses sete meses de atuação.

Além da ampliação da área de abrangência e efetivo, estão previstos investimentos em tecnologia e equipamentos.

Cerca de R$ 13 milhões serão investidos na compra e na instalação de equipamentos de radiocomunicação e georreferenciamento ao longo da faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai, que vão permitir a comunicação entre os agentes de segurança, com radiocomunicadores digitais criptografados, além de monitoramento por vídeo.

Está prevista a instalação de sete antenas na região de Foz do Iguaçu até Querência do Norte.

Outros R$ 4,5 milhões estão previstos para a manutenção dessa rede e R$ 6 milhões para aquisição de equipamentos optrônicos, como óculos de visão noturna.