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Paraná caminha a passos largos para ser reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação

Mesmo diante da grave crise sanitária causada pela pandemia de coronavírus que assola o mundo, o Paraná mantém a programação em dia para conquistar o status de Estado Livre de Febre Aftosa, Sem Vacinação.

O título permitirá ao setor agropecuário paranaense ampliar mercados e é considerada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior como essencial para impulsionar a retomada econômica pós-Covid-19.

A expectativa é que a Organização Mundial de Saúde Animal chancele a nova condição paranaense em maio de 2021, em um evento em Paris, na sede da entidade.

De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, 50.739 cargas foram fiscalizadas nos 33 postos de trânsito agropecuário nas divisas com os estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo até a primeira quinzena de maio, mesmo com a confirmação da circulação do vírus no Estado.

Do total de averiguações, cerca de 20% foram em carregamentos de animais: a medida atende a Instrução Normativa 37, da Secretaria de Defesa Agropecuária, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que determinou a proibição de ingresso e incorporação de animais vacinados contra a febre aftosa no Estado do Paraná.

O texto foi publicado em 30 de dezembro do ano passado.

Como parte do protocolo, o Paraná já foi dispensado da vacinação, que normalmente ocorria em novembro.

Também por determinação do Ministério da Agricultura foi proibida a manutenção e uso de vacina em território paranaense.

Gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias disse que todos os profissionais que estão em campo trabalhando na conclusão do inquérito soro-epidemiológico do rebanho bovino do Estado estão devidamente protegidos por equipamentos validados pela Organização Mundial da Saúde, além de seguir as regras de distanciamento social.

O mesmo vale para os produtores.

A Adapar começou o monitoramento na segunda-feira passada: serão coletadas amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais espalhadas pelo Paraná.

Além disso, 13 dos 33 postos de trânsito agropecuário estão servindo de apoio à Secretaria de Estado da Saúde no combate à circulação do coronavírus.