Paraná deve publicar hoje novo decreto com restrições mais severas

O Governo do Estado prorrogou até as 5 horas de hoje as medidas de enfrentamento da pandemia determinadas pelo decreto 7.506/2021, em vigor desde o início do mês, e que venceria na última sexta-feira.

A Secretaria de Estado da Saúde analisa o cenário epidemiológico da Covid-19 e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde para definir se será necessário ampliar as restrições para reduzir a transmissão da doença — atualmente, o número está acima de 1, o que indica crescimento do contágio, segundo o Boletim Epidemiológico do Paraná.

Na semana passada, o próprio governador Ratinho Jr disse da possibilidade do governo endurecer as medidas de restrições, porém de forma regionalizada.

O decreto que vence hoje regula as atividades comerciais, como bares, restaurantes, shopping centers e comércio em geral, e o toque de recolher, com a proibição de circulação de pessoas e a venda e consumo de bebida alcóolica em espaços de uso público ou coletivo das 23h às 5h do dia seguinte.

Continuaram proibidas atividades que causem aglomerações, como casas de shows, circos, teatros e cinemas; eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, de eventos, incluídas aquelas com serviços de buffet; os estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras, eventos técnicos, congressos e convenções; casas noturnas e correlatos; além de reuniões com aglomeração de pessoas, encontros familiares e corporativos.

Contra lockdown

Os shoppings de Curitiba lançaram uma campanha nas redes sociais contra o fechamento dos estabelecimentos em um novo lockdown ou bandeira vermelha na Capital paranaense. A campanha é assinada por todos os shoppings da capital e traz três cards com as hashtags “#economia não pode parar”, “#comercio não pode fechar” e “#trabalho é essencial”.

O setor teme que medidas mais duras sejam adotadas tanto em Curitiba quanto estadualmente frente ao avanço de casos da Covid. Na semana passada essa possibilidade já foi adiantada pela saúde da Capital e do Estado.

A Associação Comercial do Paraná (ACP) também se posicionou sobre esse risco, também apelando para que não seja tomada a decisão de fechar tudo, como ocorreu na bandeira vermelha de março e abril.

A ACP insiste que uma saída seria a apresentada pela instituição, de escalonamento dos serviços e comércio, num rodízio de funcionamento.

As atividades dentro do rol de não essenciais sofreram graves prejuízos com a pandemia. Muitos já fecharam as portas em definitivo. Outras, encontram dificuldades para pagar as contas e temem ter que demitir funcionários.

 

 

Fonte: Bem Paraná