Paraná inicia amanhã o período de combate à ferrugem da soja

Nesta data termina o prazo para a colheita ou dessecação da oleaginosa, com o objetivo de preparar as áreas de cultivo para o vazio sanitário, período no qual é proibido semear ou manter plantas vivas de soja no campo.

 

Fim do prazo para colheita ou dissecação da oleaginosa ) 

 

A medida visa reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática, e evitar a possibilidade de ocorrência da doença durante a safra.

No Paraná, o vazio sanitário acontece no período de 10 de junho a 10 de setembro, sendo 9 de junho o prazo final para a eliminação de plantas vivas nas propriedades rurais.

Atualmente, a ferrugem asiática é considerada a principal doença da soja, devido à rapidez com que se dissemina nas plantas e seu potencial destrutivo.

O clima úmido e temperaturas amenas favorecem o desenvolvimento do fungo, que se propaga facilmente pelo vento e pode incidir em qualquer estágio da cultura.

Dependendo da intensidade e severidade da doença, os danos podem causar perdas de produtividade de até 90%.

Por isso, em um período de 90 dias, nenhuma planta de soja deve existir nas lavouras paranaenses.

De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, a doença possui um custo médio de 2 bilhões e 800 milhões de dólares por safra no Brasil, incluindo métodos de controle e prejuízos com perdas.

O Paraná é um dos Estados que mais sofrem com a ferrugem asiática no país: no ciclo 2020/21 foram registradas 100 ocorrências da doença em planta, atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 138.

A pesquisadora da Embrapa Soja, Claudine Seixas, reforça que o controle da ferrugem asiática começa antes mesmo do início do vazio sanitário, com a eliminação de plantas que possam servir de hospedeiro para o fungo.

Ela destaca que, quanto mais cedo a doença chega nas lavouras, maiores são as chances de severidade e, consequentemente, de perdas expressivas.