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Pesquisa aponta ‘retorno ínfimo’ de investimentos nas estradas pedagiadas

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte aponta que apenas 2% dos recursos arrecadados com o pedágio no Brasil são revertidos em obras no setor.

 

Apenas 2% dos recursos são revertidos em obras

 

Ao longo de 12 meses foi discutido bastante o novo modelo de concessão das rodovias paranaenses, já que os contratos com as atuais pedageiras terminam em novembro.

Foram cerca de 20 audiências públicas em todas as regiões do Estado para que se chegasse a um pedágio com menor preço na tarifa e mais obras.

Entretanto, o deputado Luiz Cláudio Romanelli, integrante da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa, argumentou ontem que ainda que paira uma dúvida para que o Paraná tenha um modelo de pedágio com tarifas a preços acessíveis e a realização de obras.

Ele citou que dificilmente o Governo Federal e as próprias concessionárias reinvestirão nas rodovias o que vão faturar durante os 35 anos do novo contrato.

Apenas 2% do que o Governo Federal arrecada com as concessões de transporte no Brasil são investidos neste setor, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte.

Segundo a CNT, menos de 2% dos recursos arrecadados em concessões de transportes são revertidos em obras ao setor.

A pesquisa aponta que entre janeiro de 2001 e junho de 2021, considerado o valor total de contas pagas pelo Governo com recursos obtidos com concessões e permissões de uso na área de transporte, chega-se a um desembolso total de 233 bilhões e 570 milhões de reais, em preços corrigidos pela inflação.

Desse total, apenas 1,8% foram destinados para o setor de transporte.

Romanelli disse que pretende retomar a discussão sobre o pedágio na Assembleia Legislativa para que o Paraná não sofra futuramente o que sofreu durante 23 anos, com as tarifas mais altas e os piores investimentos de retorno.