Pesquisa da UFPR diz que pico do coronavírus no Paraná ainda está distante

Estudo prevê 100 mortes diárias por Covid-19 no PR em um mês

Um estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná , a partir de modelo matemático com inteligência artificial, diz que daqui a um mês o estado pode contabilizar diariamente 3 mil casos e 100 mortes em decorrência da Covid-19.

Para se ter uma ideia do crescimento, neste mês de julho, o menor aumento de diagnósticos positivos registrado em 24 horas foi de 879, no dia 5, e o maior foi de 2.262, no dia 16.

Os óbitos variaram entre 14 e 57 e o “pico da doença” pode levar três meses para ser atingido.

Iniciada em março, tão logo apareceram os primeiros registros de coronavírus pela Europa, a pesquisa é conduzida pelo professor Roberto Tadeu Raittz, do Programa de Pós-graduação em Bioinformática e coordenador do Grupo de Inteligência Artificial Aplicado à Bioinformática da UFPR.

Segundo ele “ainda estamos muito longe de atingir o pico da epidemia no Paraná. A curva está em um crescimento muito preocupante e acho difícil levar menos de três meses para então termos esse ápice”.

Segundo o levantamento, em um mês, caso o estado se mantenha com as mesmas tendências, passariam a ser registrados cerca de 3 mil casos por dia, e em torno de 100 mortes.

Atualmente, a média de confirmações diárias é de 1.600 casos com picos de mais de duas mil.

As mortes são, atualmente, 50 na média móvel.

O estudo pode sofrer variáveis para mais ou para menos em caso de mudanças de comportamento, como mais aceitação do isolamento social ou, justamente pelo contrário, mais desrespeito aos procedimentos de prevenção.

Conforme o professor Roberto Tadeu Raittz, a projeção é baseada em padrões existentes, portanto caso surjam interferências capazes tanto de aprofundar quanto de conter a pandemia os números podem ser alterados.