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Plano Safra com taxa de dois dígitos pode resultar em forte crise no agro

Em um ano atípico, com custos de produção elevados, Covid ainda como uma ameaça e uma guerra que tem causado inflação de alimentos em todo o mundo, é necessário que o Plano Safra seja mais robusto, tanto nas taxas de juro, quanto no volume de recursos ofertados.

 

O alerta é feito pelo diretor-técnico da CNA 

 

A opinião é do diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil , Bruno Lucchi.

Ele acredita que são esses pontos, assim como a priorização de linhas de investimento e do seguro rural, que o Ministério da Agricultura deve priorizar no Plano Safra, previsto para ser lançado na próxima semana.

Segundo Lucchi, a CNA tem enfatizado no debate com os formuladores da política de financiamento da safra a importância de o plano oferecer taxas de juros de um dígito – ou seja, abaixo de 10% ao ano.

Na opinião do diretor da entidade, o produtor está acumulando hoje uma série de custos mais elevados e pode haver uma crise mais forte no setor no próximo ano se o cenário for de taxas mais elevadas, de dois dígitos, também no Plano Safra.

O dirigente cita que a taxa bancária hoje varia entre 12% e 19%, são taxas muito altas, comparadas ao que tem no Plano Safra vigente, que é de 3% a 7% no custeio.

O diretor da CNA não acredita que a demora no anúncio do plano poderá afetar o plantio da próxima safra de grãos.

Ele afirma que seria excelente para o setor produtivo já contar com os recursos a partir de 1º de julho, mas se for para conseguir uma negociação melhor, tanto em taxa de juros como em volume de recurso, valerá a pena aguardar mais alguns dias.

Lucchi afirma que o formato de financiamento da produção adotado pelo governo brasileiro é o modelo mais eficaz para gerar maior oferta de produtos e garantir segurança alimentar para os brasileiros e para o mundo.

 

 

Com informações CNA SENAR