Ação pede a suspensão da política de preços da Petrobrás
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores – Abrava – apresentou uma ação no Tribunal Regional Federal da Primeira Região pedindo a suspensão da atual política de preços da Petrobras.
A companhia utiliza a política de paridade de preço internacional (PPI).
Com isso, o valor dos combustíveis no mercado interno é equiparado à cotação do barril de petróleo e ao dólar.
A ação foi protocolada no sábado porém ontem a entidade divulgou uma nota em que afirma que a PPI “tem levado aos aumentos frequentes e desproporcionais do preço dos combustíveis”.
O comunicado foi divulgado pelo presidente da associação, Wallace Landin, conhecido como Chorão, que foi um dos líderes da greve de 2018.
A entidade faz questão se mencionar não ser contra a Petrobras ter lucro, o que não aceita é que ela tenha um lucro de 1.400%”.
A Abrava afirma que “cada aumento” recente “estrangula os brasileiros”, por meio da alta dos preços de alimentos e remédios.
Por sua vez, também em nota, a Advocacia-Geral da União negou ontem à Justiça, que o governo federal seja omisso em controlar “ilegalidades supostamente praticadas” pela Petrobras em sua política de preços.
A AGU ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro não pode interferir na estatal, que recentemente anunciou o reajuste de 18,8% na gasolina, 24,9% no diesel e 16,1% no gás de cozinha.
No dia seguinte, a juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal de Brasília, deu 72 horas para que o governo se manifestasse sobre o aumento em uma ação movida pela Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas em conjunto com sindicatos de transportadores de cargas.