O novo Plano Safra foi bem recebido por entidades ligadas à agropecuária no Paraná, no entanto, ressaltaram preocupação com a atual taxa Selic em 13,25% ao ano e com algumas linhas de financiamento com taxas de juros acima de dois dígitos.
Ele questiona, porém, as altas taxas de juros
A divulgação do novo plano era muito aguardada por produtores e entidades para dar celeridade ao planejamento da próxima safra.
Diante dos números apresentados pelo governo na última quarta-feira, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná avaliou positivamente o volume de recursos disponibilizados para este ano-safra.
O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, avaliou positivamente o volume de recursos disponibilizado neste ano safra, porém atentou para as altas taxas de juros.
Ele disse que, se o setor agropecuário sabe o quanto terá à disposição para contratar crédito, fazer o seguro rural, pode se dedicar ao seu trabalho de alimentar o mundo.
Esse plano superou nossas expectativas, com a previsão de valores mais robustos do que aqueles disponibilizados nos anos anteriores, mas o que chamou a atenção de Meneguette foi o aumento nas taxas de juros.
A FAEP já esperava esse aumento, mas não imaginava que ultrapassaria os dois dígitos, como no caso dos programas Moderfrota, Procamp Agro, Moderagro e Inovagro.
Por sua vez, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Paraná classifica como preocupante o ajuste do Plano Safra 2022/23 sobre os juros controlados, que acabou colocando o produtor na operacionalização de crédito do mercado livre.
A elevação dos juros sobre o crédito rural era esperada pelo setor, diante do atual cenário econômico do país.
Em financiamento para custeio e comercialização, as taxas variam de 5% a 12% ao ano, e para investimento, de 7% a 12,5% ao ano.
Na safra 2021/22, o Paraná liderou as contratações de crédito rural, atingindo R$ 36 bilhões.
O volume de quase R$ 341 bilhões disponibilizado agora é superior ao montante solicitado ao governo federal pelo estado, de R$ 333 bilhões.