Rádio Difusora do Paraná

Primeira sessão do Tribunal do Juri de 2024 acontece hoje em Marechal Rondon

Serão três réus já presos e que mataram colega de cela

Um crime ocorrido no interior da cadeia pública de Marechal Cândido Rondon será julgado em sessão do Tribunal Popular do Juri nesta sexta-feira, dia 02 de fevereiro.

Serão réus: Bruno Ricardo Peppler, Ezequiel Maylon Rodrigues de Moura e Samuel Pereira de Proencio.

Eles respondem pela morte de Alan Aparecido Távora, crime ocorrido em 04 de janeiro de 2023, por volta da 22 horas, no interior do ‘alojamento 301’ da cadeia pública local.

Conforme o Ministério Público, estando os denunciados e a vítima na mesma cela, Bruno e Samuel subiram na cama em que estava Alan e o jogaram no chão.

Nesse instante, Ezequiel foi para cima e aplicou-lhe o golpe popularmente conhecido como “mata-leão”.

Enquanto o denunciado Ezequiel aplicava o golpe que comprimia o pescoço da vítima, Samuel segurava as pernas e o tronco da vitima e Bruno desferia socos e afirmava “seu pilantra, você não é o bichão? Agora você vai morrer”.

Após cerca de 15 minutos de ininterrupta compressão do pescoço de Alan Aparecido Távora, os denunciados cessaram suas ações, constatando que a vítima encontrava-se morta.

Diz a denuncia que o delito foi cometido por motivo fútil, uma vez que, horas antes do crime, o denunciado Bruno e a vítima Alan estavam realizando uma brincadeira consistente em aplicar um no outro o golpe “mata leão” a fim de saber quem desistiria por último, sendo que o ofendido acabou se sagrando vencedor, o que fez com que os denunciados ficassem revoltados.

Após ceifarem a vida de Alan, os denunciados forjaram as circunstâncias de sua morte, a fim de que aparentasse um suicídio por enforcamento.

Nessa perspectiva, o denunciado Ezequiel amarrou uma corda feita com manta de lençol no exaustor, enquanto os denunciados Bruno e Samuel levantaram o corpo de Alan, encaixaram a corda no pescoço da vítima e, após, deixaram o corpo suspenso.

A sessão do Tribunal do Juri será presidida pelo juiz Clairton Spinassi.

O Ministério Público será representado pelo Promotor Dr. Ítalo João Chiodelli e na defesa dos réus atuarão os advogados: Gustavo Graciano de Paiva, Marcelo Henrique Marchi e Silvreste Vinciguerra Neto Fortini.