Rádio Difusora do Paraná

Proagro passa a cobrir prejuízos causados pela cigarrinha do milho

Os produtores rurais com perdas de produtividade do milho devido às doenças sistêmicas transmitidas pela cigarrinha poderão acessar o Proagro – Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – de acordo com o Comunicado o Banco Central, divulgado recentemente.

 

 Quem teve o pedido negado, por exigir revisão

 

Produtores que realizaram o pedido da perícia do seguro de 1º de julho de 2020 até os dias atuais e eventualmente receberam uma negativa, podem agora pedir revisão.

O comunicado destaca que o produtor receberá a cobertura do Proagro já que não existe, atualmente, “método difundido de combate, controle ou prolaxia, que seja técnica e economicamente exequível”.

O manejo de combate à praga é feito por meio do tratamento de sementes, defensivos químicos e biológicos, cultivares menos sensíveis ao enfezamento, além do controle da cultura pós-colheita, no entanto, não existe uma medida curativa e os métodos isolados têm pouco efeito.

Os agentes financeiros acreditavam que existia um controle eficaz, entretanto, como ficou constatado, além de não ser eficaz, ele é muito caro.

As entidades representativas do setor pediram uma revisão desse entendimento pelo Banco Central, que acatou.

A informação é de Jefrey Albers, coordenador do departamento técnico e econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

Ele disse ainda que o Banco Central recomenda, ainda, que os agentes do Proagro façam a revisão de eventuais indeferimentos de pedidos de cobertura de operações de 1º de julho de 2020 até os dias atuais, “caso tenham sido motivados pelo entendimento de que as perdas decorrentes da presença de cigarrinha nas lavouras de milho não seriam amparadas pelo programa”.

Todos que entraram com o pedido, que eventualmente tenham sido negados, poderá pedir revisão.

A decisão é válida não só para o Paraná, mas para todo o Brasil.

Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, essa medida é positiva e muito importante para o produtor rural, que pode ter perdas de até 80% da produção em casos de ataque severo.