O Estado já perdeu a metade do milho safrinha
Produtores de hortaliças da região já estimam prejuízos e o preço de folhagens deve subir nos próximos dias.
Além das hortaliças, a cultura do milho também foi bastante afetada.
O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, estima que pouco mais da metade da produção do milho safrinha já foi perdida no Estado devido à estiagem e geada.
A colheita, que este ano era para ser maior de 14 milhões de toneladas, vai ficar próxima de 6 milhões, o que segundo Ortigara, representará um prejuízo de 11 a 12 bilhões de reais na renda dos agricultores.
Este cenário pode acarretar a falta de milho e até gerar um possível desabastecimento nas indústrias de ração para animais e, consequentemente, a elevação dos preços dos alimentos.
As consequências dos custos altos refletem também para o mercado consumidor, encarecendo o mercado de leite, ovos e carnes bovinas, suínas e frango, já que a alimentação animal, que depende do milho na produção, está onerando todo o processo.
O impacto vai do campo à mesa do consumidor, já que o milho participa da produção de todas as proteínas de origem animal.
Além disso, o grão também está diretamente ligado aos preços do etanol.
A Companhia Nacional de Abastecimento aponta que a colheita da segunda safra do grão no Brasil deve chegar a 66 milhões e 97 mil toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior.
Somente no Paraná, segundo maior produtor, a quebra está prevista em 53% se não ocorrerem mais fenômenos climáticos.
Já no Mato Grosso, maior produtor, projeta-se uma produção estimada em 69 milhões e 900 mil, redução de 6,8% em relação à safrinha anterior.