Rádio Difusora do Paraná

Produtor já pode acessar financiamento de custeio do milho da safrinha

O Banco Central do Brasil autorizou a possibilidade de alteração das datas de colheita da soja informadas nas operações de crédito rural já contratadas.

 

 A medida foi reivindicada pela FAEP

 

A determinação garante que os produtores rurais do Paraná tenham acesso ao financiamento de custeio do milho segunda safra, após mudanças feitas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, em setembro de 2020, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Essa mudança no processo aconteceu porque, no dia 3 de novembro, a FAEP solicitou ao Banco Central, via ofício, para que o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro passasse a permitir alterações nas datas de colheita da oleaginosa, mediante apresentação de laudos técnicos.

O pedido foi oficializado pelo Ministério da Agricultura no dia 13 de novembro, em resposta ao ofício da Federação.

Com a medida, o Sistema de Operações de Crédito Rural passa a admitir alteração nas datas de início e fim de colheita das operações de custeio da safra de soja 2020/21 no Paraná, permitindo o acesso ao crédito de custeio do milho safrinha pelos produtores.

Aqueles que se adequaram às novas regras do Zoneamento Agrícola de Risco e plantaram variedades da oleaginosa com ciclo menor do que a inicialmente informada na contratação, poderão antecipar a colheita e plantar milho safrinha dentro do período estipulado pelo zoneamento.

As mudanças no Zarc foram instituídas após reavaliação da metodologia para determinação dos riscos climáticos apontados pela Embrapa.

Com isso, o Ministério da Agricultura antecipou o limite para o plantio do milho, passando do dia 20 de fevereiro para o dia 31 de janeiro em diversos municípios paranaenses.

Os períodos de plantio permanecem os mesmos divulgados na Portaria 301/2020, publicada em 21 de setembro.

Isso porque, mesmo após solicitação do setor produtivo, o Ministério  entendeu que a reduções de janelas de plantio são necessárias em função do ciclo mais alongado do milho nas regiões mais frias do Estado, com maior rico de geadas e perdas de qualidade em função das condições propícias à germinação na espiga.