Reunião na FAEP debateu custos de produção, incidência de novas pragas e desenvolvimento de cultivares
As incertezas no mercado internacional de fertilizantes causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, além das consequências econômicas por causa da pandemia de Covid-19 nos últimos anos, seguem sendo as principais preocupações dos agricultores paranaenses.
Em reunião da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, nesta quarta-feira (6), os produtores revelaram que a situação tem levado a uma dificuldade inédita no planejamento da próxima safra.
A preocupação é com o estoque e a cotação de fertilizantes para o plantio da safra 2022/23.
Segundo o presidente da Comissão, José Antonio Borghi, é preciso tirar lições desse período turbulento para o futuro.
Segundo ele o quadro está mostrando a importância de o País alcançar a autossuficiência, possibilitar mais exportações, abrir novos mercados e para isso é preciso ter uma política de Estado, dando as ferramentas, como seguro melhor e linhas de crédito facilitada.
Os participantes da reunião virtual fizeram uma rodada de conjuntura pelo Estado.
Os relatos confirmaram a quebra nas safras de soja e milho verão na temporada 2021/22.
De modo geral, embora prejuízos tenham sido generalizados, as piores produtividades foram registradas em uma faixa que abrange o Noroeste, Oeste e Sudoeste.
Alguns plantios que foram feitos mais tarde sofreram menos com a estiagem, que teve seu pior mês em dezembro de 2021.
Para o milho safrinha, tem chovido bem até o momento, com problemas isolados e em relação ao trigo, não deve haver aumento de área nesse inverno por conta dos altos custos de produção.