Quatro linhas de investigação tentam esclarecer explosões em Palotina

Pelo menos quatro  linhas de investigação apuram as causas e eventuais responsabilidades  em relação as explosões  no complexo da  cooperativa C.Vale, em Palotina , no último dia 26.

O acidente deixou nove mortos,  oito haitianos e um brasileiro  e 11 pessoas feridas, 07 das quais continuam internadas.

Ontem o delegado Rodrigo Baptista, da 20ª SDP , de Toledo,  falou sobre o inquérito  instaurado ainda na semana passada, mencionando que as  equipes estão empenhadas para descobrir o que provocou e como se deu o acidente.

Também ontem a polícia fez diligências a pessoas ligadas ao sindicato ao qual os profissionais estrangeiros eram vinculados, além de outras pessoas que possam contribuir para a resolução do caso.

Além do inquérito instaurado pela Polícia Civil, engenheiros fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR) estão em Palotina desde sexta-feira para vistorias.

Eles também analisam a documentação dos profissionais responsáveis pela segurança e manutenção do complexo que explodiu.

Por sua vez o  Ministério Público do Trabalho,  instaurou  inquérito civil para apurar as circunstâncias e causas do acidente.

Dos nove  trabalhadores mortos, sete não eram funcionários diretos da cooperativa, mas contratados por um sindicato e designados para trabalhar na cooperativa como funcionários temporários em uma modalidade de contratação que é corriqueira em períodos de safra.

Já a C.Vale informou que também está apurando internamente as causas do acidente com uma equipe designada especificamente para a tarefa.

Sete pessoas seguem internadas em hospitais de Palotina, Londrina, Cascavel e Curitiba e o estado de saúde dos pacientes ainda  é considerado grave.

Duas das vítimas estão em hospitais de Cascavel: um homem de 42 anos e uma mulher de 40 anos  ambos na UTI.

Em Londrina estão três pessoas internadas: um homem de 22 anos e um de 52 anos, que está na ala de queimados, segue sedado, mas sem intubação.

O terceiro é um paciente de 31 anos que está na enfermaria, consciente e com quadro considerado estável.

Uma mulher de 33 anos está internada em uma UTI de Curitiba, com parte considerável do corpo com queimaduras graves.