Rádio Difusora do Paraná

Resolução proíbe pesca de algumas espécies nativas em rios do Paraná

 Alguns peixes nativos das bacias hidrográficas do Paraná estão protegidos desde a última segunda-feira, dia 19.

 

A medida foi motivada pela vazão dos rios

 

Não são permitidos a posse e o abate das principais espécies até 1º de novembro, quando tem início o defeso da piracema.

Em caso de captura acidental das espécies protegidas, o peixe deve ser devolvido imediatamente ao rio.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado, através de resolução da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

O documento protege as espécies barbado, mandi-amarelo, pintado, mandi-prata, Piracanjuba e o Jaú.

O superintendente das Bacias Hidrográficas e Pesca da Secretaria, Francisco Caetano Martin, explica que a medida é necessária devido às condições climáticas atípicas atuais.

Segundo ele, a falta de chuvas provocou a redução dos níveis dos rios do nosso Estado, em especial o Piquiri e o Ivaí, onde existe a maior reprodução de espécies nativas do Paraná.

O calor acima da média aguça os instintos de reprodução, mas, com nível dos rios abaixo da média, os peixes não têm estímulo para sua migração, condição essencial para que se reproduzam.

O Instituto Água e Terra monitora diariamente os níveis dos rios em 80 pontos das bacias hidrográficas do Paraná.

O defeso da Piracema é decretado anualmente entre 1º de novembro e 28 de fevereiro do ano seguinte.

No período, fica proibida a pesca de todas as espécies nativas em todas as bacias hidrográficas do Paraná.

O objetivo é que as espécies migratórias possam se reproduzir sem a intervenção da pesca.