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Rondonenses condenados por transferência fraudulenta de veículos terão de cumprir pena

Um deles foi morto a tiros neste ano em Toledo

Como resultado da Operação Clone desencadeada em julho de 2008 pela Policia Federal, em Marechal Cândido Rondon, o juiz criminal Clairton Mário Spinassi ordenou a prisão de 3 rondonenses, condenados por envolvimento na transferência fraudulenta de veículos .

A Polícia Federal de Cascavel prendeu no dia 19 de junho de 2008, oito pessoas durante a Operação Clone, destinada a desarticular uma quadrilha especializada em realizar a transferência fraudulenta de veículos, possivelmente roubados ou furtados, a fim de registrá-los em nomes de “laranjas” e dissimular os verdadeiros proprietários.

Conforme a PF, a quadrilha atuava na região Oeste do Paraná, especialmente em Marechal Cândido Rondon mas tinha ramificações em Toledo, Mercedes, Quatro Pontes, Cascavel e Pato Bragado.

Segundo as investigações, a quadrilha contava com a participação de servidores da Ciretran de Marechal Cândido Rondon, que recebiam para realizar a confecção dos documentos falsos.

Em julho de 2016, a justiça em primeira instância proferiu sentença condenando nove pessoas envolvidas no esquema, absolveu um denunciado e considerou extinta a punibilidade de outras duas pessoas.

Os condenados recorreram da sentença no Tribunal de Justiça, em Curitiba, porém em setembro de 2017, o TJ negou os recursos, mas extinguiu a punibilidade de cinco dos réus.

Inconformados com o resultado, três dos réus apresentaram recursos especiais junto ao Superior Tribunal de Justiça , em Brasília, que também foram negados.

Após esgotados todos os recursos, o juiz Clairton Spinassi expediu novo despacho no dia 19 de novembro, no qual determina o início do cumprimento das penas a quatro dos réus, sendo três em regime fechado e um em regime aberto, além do pagamento de dias-multa.

Foi determinada a prisão dos réus Claudiney Lucas Barbosa , com pena de 10 anos, 11 meses e 20 dias em regime fechado e 88 dias-multa; Clóvis Antônio Spielmann, a 11 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado e 100 dias-multa; e Eder Roecker, condenado a 11 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado e 120 dias multa.

Claudiney Lucas Barbosa , foi morto a tiros este ano num posto ,de gasolina em Toledo.

A ré Ingrid Rosa Glucksberg também foi condenada, mas poderá cumprir a sua pena de 4 anos em regime aberto.