Rádio Difusora do Paraná

Safra brasileira de soja foi marcada por três recordes surpreendentes

Um deles diz respeito a produção

 

Apesar disso, a temporada termina com um surpreendente recorde triplo: o primeiro refere-se à maior área já plantada no país – 38,6 milhões de hectares, 1,6 milhão de hectares acima da safra anterior.

Na sequência, o recorde de produção, cuja estimativa foi elevada para 137,1 milhões de toneladas pelo Rally da Safra, ao final de três meses percorrendo as principais regiões produtoras do país e confirmando a projeção de safra recorde divulgada no início.

São mais de 10 milhões de toneladas acima da safra passada, o equivalente a um crescimento de 8,5%.

E, por fim, o recorde de produtividade, inesperadamente alta numa temporada de tantos problemas.

A expectativa é de que os produtores brasileiros colham na média 59,3 sacas por hectare – 2,3 sacos acima da safra passada e 0,8 sacos sobre a melhor marca anterior, obtida em 2018.

O bom desempenho se deve em parte às regiões de soja mais tardia, percorridas em março pelas últimas equipes da etapa de avaliação de soja do Rally 2021.

É o caso do Rio Grande do Sul, que tem tudo para retomar a segunda posição no ranking dos principais estados produtores, com uma safra de 21,1 milhões de toneladas.

Nas regiões Norte e Nordeste o destaque positivo fica por conta da Bahia, que deve alcançar a marca histórica no estado de 67 sacos por hectare de produtividade média. As chuvas regulares de fevereiro em diante e a boa luminosidade favoreceram principalmente a soja mais tardia.

O Norte e Oeste do Paraná, o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso foram os mais prejudicados pelas irregularidades climáticas e obtiveram as maiores perdas de produtividade em relação à safra passada.

A falta de chuva no Oeste e Norte do Paraná durante o plantio gerou um atraso histórico na implantação das lavouras. Já em janeiro foi o excesso de chuvas que prejudicou seu desenvolvimento gerando, inclusive, um alongamento do ciclo das plantas. A realidade do Sudoeste do Estado e dos Campos Gerais é totalmente diferente, onde o clima se comportou de maneira muito mais regular, permitindo que as lavouras expressassem seu potencial e contribuindo para que o rendimento do estado se mantenha em torno de 61 sacas por hectare.