O Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon, através da Comissão Permanente de Educação, Saúde, Cultura, Bem-Estar Social e Ecologia – que é presidida pelo vereador Ronaldo Pohl, realizou na tarde de ontem, quarta-feira, a audiência pública para prestação de contas do 2º quadrimestre do ano da Secretaria Municipal de Saúde.
Isso resultou em grandes prejuízos ao município
Segundo o relatório foi apresentado pela secretária, Marciane Specht, nos oito primeiros meses de 2020, o investimento da administração municipal na saúde pública foi de R$ 28.614.450,43, o que representa 33,93% dos recursos financeiros da Prefeitura durante o período.
Se mantido o percentual, este será o ano em que a saúde pública mais demandou investimentos.
Um dado que chamou a atenção na audiência pública foi o número de rondonenses que faltaram a consultas agendadas na rede pública de saúde no Município.
De janeiro a agosto deste ano, 5.838 pessoas não compareceram.
Embora ainda não tenha sido calculado o percentual que isso apresenta em relação ao total de consultas agendadas, a secretária de Saúde afirmou que este número é alto e traz prejuízos enormes, tanto para quem aguarda na fila para ser consultado como para o cofre municipal.
Entre outros números, a secretária Marciane informou que para a implantação do hospital de campanha, que ainda não foi utilizado, foram gastos R$ 314.684,24, enquanto os gastos totais com o combate ao COVID-19 somaram R$ 1.415.436,40.
Questionada sobre as causas do grande número de casos que surgiram em setembro, a secretária informou que não foi possível identificar.
Inicialmente, havia a suspeita que as aglomerações durante o feriado prolongado de Sete de Setembro poderiam ter intensificado a disseminação do vírus na comunidade rondonense, porém, isso não se confirmou, pois os novos casos inclusive diminuíram nos dias após o feriadão.
Por outro lado, Marciane citou que ocorreram surtos em algumas empresas tanto de pequeno, como de médio e grande porte, o que pode ter contribuído.
A probabilidade maior é que as reuniões familiares e de amigos nas residências têm sido a maior causa do salto do número de doentes.