Suinocultor rondonense confirma situação insustentável vivida pela atividade

O suinocultor José Bona, do distrito de Margarida, em Marechal Cândido Rondon, também comunga a idéia de que a atividade só voltará a ser viável se forem tomadas medidas urgentes em prol da classe.  

 

Mesmo com o recente crescimento da produção de suínos e o salto de oferta ocorrido de 2019 a 2021, puxado pelo aumento da demanda chinesa, o Brasil vive uma grave crise no setor da suinocultura.

Em 2020 as exportações absorveram a maior parte do excedente da produção em massa na suinocultura, contudo, no ano seguinte, o mercado interno teve que suportar uma oferta de 294 mil e 500 toneladas, enquanto a produção aumentou 408 mil e 600 toneladas.

O excedente de carne suína no mercado interno em 2021 foi piorado por um momento de perda de poder aquisitivo da população brasileira, além do aumento no custo de produção, e a crise pegou forte.

A previsão para este ano era de um primeiro semestre de dificuldades para a suinocultura brasileira, com o preço de venda do suíno em baixa e alto custo de produção.

O que não estava sendo previsto era a piora desse cenário com a invasão  da Ucrânia, e as sanções impostas à Rússia que acabaram acarretando em mais crises para o mercado.

A suinocultura acabou sendo afetada também pelo aumento dos combustíveis e da cotação dos grãos para fins de trato animal, além da falta de fertilizantes, o que dificulta a recuperação do prejuízo acumulado.

E a crise abrange todas as categorias da produção suinicola, assim como aos pequenos, médios e grandes produtores, os quais clamam por medidas urgentes por parte das autoridades competentes.

Considerado um dos suinocultores de destaque no município de Marechal Cândido Rondon, José Bona, do distrito de Margarida, confirma que a situação é insustentável…..