No ano passado, o Brasil bateu recordes de embarque da carne de porco, totalizando mais de um milhão de toneladas.
Setenta por cento desta produção foi vendida para o mercado asiático, especialmente a China, que enfrentou problemas com a produção local, como explica Leonardo Rocha, gerente de integração da Cooperativa Copacol, com sede em Cafelândia.
Segundo ele, a cadeia de suínos do Brasil cresceu muito em função dos fatos que ocorreram na China, com a peste suína, que fez com as nossas exportações fossem alavancadas.
Disse ainda que o câmbio também foi muito favorável, oferecendo uma alta rentabilidade nos negócios.
Os maiores compradores da região são Hong Kong, Cingapura e Vietnã.
Além de cortes nobres, estes países também importam parte do porco que não têm valor comercial aqui no Brasil, como explica o gerente comercial da cooperativa, Mauro Kramer.
Ele revela que algumas partes como a orelha, a língua, o intestino o estômago e a bexiga são itens que o mercado asiático consume muito e que, inclusive, paga mais do que a própria carne.
A grande procura fez o preço disparar e garantir um ano lucrativo para os produtores.
A expectativa é que novos mercados se abram para a carne paranaense neste ano, quando o estado for reconhecido internacionalmente como área livre de aftosa sem vacinação.
Pensando no futuro, as cooperativas também já fazem novos investimentos no setor de suínos.