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Troco em depósito falso! Comerciante desconfia e se salva de golpe em Santa Helena

Saiba como funcionam e como se previnem outras tentativas de pegar o seu dinheiro

 

A criatividade de golpistas parece não ter limites e um comerciante de Santa Helena desconfiou de uma história e acabou evitando um prejuízo financeiro.

Conforme o relato de um proprietário de restaurante, um indivíduo enviou a solicitação de treze marmitas por dia durante um determinado tempo.

Combinado o valor, o larápio fez um depósito com um valor a mais e entrou em contato com o comerciante, dizendo que sua esposa havia se enganado, pedindo o troco. “Depois que eu confirmar o depósito, devolvo”, disse ele pelo WhatsApp ao espertalhão.

O depósito era falso e o prejuízo ficou nas treze marmitas, que acabaram sendo distribuídas graciosamente para outras pessoas.

O fato aconteceu nesta quarta-feira (16) e ainda na manhã desta quinta, o golpista estava online, o que se presume, tentando aplicar a mesma artimanha em mais gente.

Tem mais golpes por aí

Outro golpe que costuma ser tentado é também com falso depósito, que  funciona da seguinte forma: o consumidor percebe um depósito inesperado em sua conta-corrente e recebe uma ligação de uma pessoa que pede que o valor transferido por engano seja devolvido.

No extrato bancário, a quantia aparece na conta, porém, na prática, os criminosos realizam depósitos em caixas eletrônicos com envelopes vazios e pedem o estorno às vítimas enquanto os valores ainda não foram conferidos pelas instituições financeiras.

É comum que esse contato aconteça após o fim do expediente bancário, dificultando que o cliente fale com o banco.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclarece que os depósitos realizados em caixas eletrônicos são compensados no dia útil seguinte, após conferência dos envelopes. Por isso, para ter certeza da autenticidade da operação, é imprescindível conferir o extrato bancário depois desse prazo.

O mesmo tipo de golpe também pode utilizar transferências entre contas. Neste caso, quem efetua o golpe programa a transação, porém, depois de entrar em contato com a vítima, suspende a operação, já que é possível cancelar agendamentos de DOC, TED e transferências entre contas de um mesmo banco até as 23h59 do dia útil anterior à data programada para a transferência. Segundo a Febraban, se no extrato bancário, a transferência estiver marcada como “saldo a liberar”, o crédito ainda não está na conta do favorecido.

Outro golpe que tem se popularizado tenta atrair, principalmente, aposentados e pensionistas. Os criminosos se passam por funcionários do Banco BMG e de outras instituições financeiras oferecendo empréstimos imperdíveis, no entanto, exigem o pagamento antecipado de valores, que funcionariam como uma espécie de “seguro-fiança”. Os consumidores enganados depositam os valores solicitados na esperança de conseguirem um empréstimo, e os criminosos ficam com a quantia dessa operação.

Entre outros truques usados por criminosos com frequência, estão promessas de vantagens financeiras ou dramas familiares apresentados por desconhecidos. Segundo a federação que representa os bancos, o cliente deve desconfiar especialmente de propostas de utilização de sua conta para transferência de valores.

Outra prática comum entre os golpistas é ligar com a falsa informação de que o cartão do usuário foi clonado. Se passando por representantes do banco, os consumidores são induzidos a fornecer dados para supostamente bloquear o cartão.

Golpes com Pix

Uma fraude com o Pix que já surpreendeu muita gente é a criação de páginas falsas para enganar os usuários. A estratégia é redirecionar os alvos do golpe para sites falsos e, neles, roubar seus dados bancários.

Para começar a usar o Pix, os usuários devem cadastrar uma chave – que pode ser um telefone, e-mail, CPF ou uma chave aleatória. O golpe ocorre justamente nesse momento: são enviadas mensagens ou e-mail com um link para cadastro da chave Pix levando a uma página falsa criada pelos golpistas.

Nessas páginas falsas, são solicitados dados como nome, CPF, conta bancária e outras informações que permitem que os golpistas possam usar o dinheiro da conta de forma indevida. Por isso, é sempre importante se certificar de que você está realmente na página real do seu banco antes de inserir qualquer dado.

“Falha” no Pix

O golpe da “falha no Pix” é aplicado com base na engenharia social – com uma promessa de recompensa para o usuário. Por meio de mensagens, os golpistas informam que existe uma falha no Pix que pode beneficiar a vítima. Mas, para aproveitar essa “oportunidade”, o usuário deve fazer uma transferência via Pix para uma chave específica.

Geralmente, a promessa é que o valor transferido será devolvido em dobro (mas podem ser aplicados outros golpes semelhantes). Seja qual for a situação, esse é apenas um artifício usado para levar os usuários e realizarem transferência do seu dinheiro.

Por ser um método muito prático, os usuários podem realizar uma transferência de forma impulsiva em poucos segundos. E, depois de refletir melhor sobre a fraude do Pix, já é tarde demais para reaver o dinheiro.

Whatsapp clonado

O golpe do Whatsapp clonado já era explorado muito antes do surgimento do Pix, mas essa nova forma de pagamento torna o golpe ainda mais eficiente.

Os golpistas buscam por formas de clonar o Whatsapp da vítima e, quando têm acesso à lista de contato, começam a pedir dinheiro por meio de Pix.

Neste caso, você precisa ter cuidado de duas formas:

1.Não informar códigos ou outras informações sobre seu Whatsapp para desconhecidos para não ter seu Whatsapp clonado;

2.Não transferir dinheiro para amigos ou conhecidos que surjam pedindo dinheiro para você sem confirmar que realmente se trata daquela pessoa.

Perfil falso no Whatsapp

Em vez de clonar o Whatsapp, outros golpistas recorrem à criação de um perfil falso da vítima. Eles se passam pela pessoa ao criar uma conta no Whatsapp com seu nome e foto. Com isso, passam a pedir dinheiro para amigos e familiares, alegando que se trata de um novo número.

Mais uma vez, a melhor recomendação é sempre confirmar que realmente se trata da pessoa em questão antes de realizar qualquer tipo de movimentação financeira. Você pode sanar essa dúvida rapidamente fazendo uma ligação, por exemplo.

Falsas centrais de atendimento

Por fim, outra fraude envolvendo o Pix é a criação de falsas centrais de atendimento. Os golpistas criam contas no Whatsapp se passando por bancos ou outras instituições, solicitando informações sigilosas ou enviando links maliciosos.

Para evitar que isso aconteça com você, sempre entre em contato com o seu banco por meio do site, aplicativo ou presencialmente, na sua agência. Além disso, desconfie sempre receber links que solicitam a informação de dados bancários.

CL com inf. Serasa

 

Fonte: Correio do Lago