A Universidade Estadual do Oeste do Paraná vai adotar a partir do próximo vestibular o sistema de cotas raciais, vagas que serão reservadas para pessoas que se auto declaram pretas e pardas.
Serão destinadas 20% das vagas de cada curso
Conforme a instituição, 20% das vagas totais de cada curso serão destinadas a modalidade.
Antes da decisão, a instituição reservava 50% das vagas para estudantes de escola pública.
As vagas para quem se autodeclara preto ou pardo estão dentro desta reserva, portanto os estudantes também precisam ter feito todo o ensino médio no sistema público de ensino.
Para concorrer às vagas de cotas raciais, os candidatos vão precisar assinalar na inscrição que se reconhecem como pretos ou pardos.
Depois, uma banca vai analisar as informações e documentos e individualmente definir se o estudante se enquadra nos critérios.
Além da Unioeste, somente a Universidade Estadual do Centro Oeste – a Unicentro – ainda não adota o sistema entre as universidades estaduais no Paraná.
A instituição, entretanto, se comprometeu em aderir ao modelo e o processo foi acompanhado pela Defensoria Pública do Paraná.
Para o defensor público e coordenador do Núcleo de Cidadania, Antonio Vitor Barbosa de Almeida, o sistema de cotas raciais ajuda a diminuir a desigualdade e não pode ser visto como “privilégio”, mas sim como “compensação histórica”.
Ele acrescenta que é uma compensação histórica que tem que ser feita e isso tem que ser acompanhado com debate público qualificada para entender que a população negra é colocada a margem, de lado, principalmente quando verifica tanto dados de ingresso no ensino superior como também de empregabilidade.