Famílias continuam aguardando várias horas pela liberação de corpos
Um requerimento da Câmara de Toledo à Secretaria da Segurança Pública solicita a reconsideração da Ordem de Serviço n° 1, do Instituto Médico Legal do Paraná, que restringiu a realização de necropsia em todo o Paraná.
O documento subscrito por todos os 19 vereadores, é dirigido ao secretário da pasta, Rômulo Marinho Soares, e aponta que a medida é equivocada, relatando o caso de família que passou a noite à espera do IML de Toledo após acidente fatal no fim da tarde de terça-feira, dia 4 de fevereiro, na BR 163.
“O Estado do Paraná vai ter que ter uma hora para morrer, se você morrer entre 20h e 8 horas os familiares vão ficar passando dor à espera do corpo devido a esta ordem de serviço”, disse o presidente da Câmara sobre a medida do IML, que restringiu o atendimento de necropsia e motivou o documento, proposto pelo vereador na sessão desta segunda, dia 17, e apoiado por todos os demais vereadores toledanos.
A determinação do diretor do IML, André Ribeiro Langowiski, foi assinada no dia 27 de janeiro, atingindo os IMLs do Paraná em Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ivaiporã, Jacarezinho, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
O Requerimento da Câmara de Toledo aponta que “o atendimento proporcionado pela estrutura do IML do Paraná vai muito além do recebimento de vítimas da violência, seja de trânsito, criminal, trabalhista ou outra, pois na verdade seu resultado final é proporcionar às famílias das vítimas um respaldo oficial nos aspectos legais de sua tragédia pessoal e/ou familiar.”
Os vereadores toledanos apontam no requerimento que “o trabalho do IML tem a capacidade de reduzir ou prolongar, como neste caso , a espera das famílias das vítimas pelos seus entes queridos para as devidas despedidas.