Com o objetivo de apurar fraude em licitação para melhorias no sistema de iluminação pública de Foz do Iguaçu, policiais civis foram as ruas nesta manhã para cumprir 25 mandados de busca e apreensão.
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão
Somente uma empresa se habilitou para o processo de licitação, sendo contratada por mais de 10 milhões e 300 mil reais.
Do total, 7 milhões e 800 mil reais já foram pagos à empresa, conforme consta no site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná e no Portal da Transparência do município de Foz do Iguaçu.
Mais de 80 policiais civis passaram a fazer buscas de forma simultânea em endereços relacionados aos suspeitos de envolvimento na fraude.
Os mandados foram cumpridos no Paraná, em Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Curitiba e Fazenda Rio Grande, bem como no Estado de Santa Catarina, em Balneário Camboriú.
As investigações iniciaram após requisição feita pela 6ª Promotoria Gepatria de Foz do Iguaçu.
Durante as diligências, a Polícia Civil encontrou fortes indícios de que o projeto básico de iluminação da cidade não foi produzido levando em consideração as particularidades da cidade, e sim plagiado de outras obras científicas de outras cidades e países.
Portanto, perde sua real finalidade, que seria justificar a troca de iluminação pública do município e sua eficácia.
Além disso, ao aprofundar as investigações, a Civil verificou que há suspeitas de que as cotações de preços utilizadas para firmar o valor estipulado no edital oficial seriam fraudulentas e com valores superfaturados para a licitação.
Os investigadores também encontraram indícios de que houve manipulação para que a empresa beneficiada com a fraude fosse a ganhadora do processo licitatório.
A suspeita se deu, pois houve exigência para que as empresas concorrentes apresentassem certificação do INMETRO para os produtos a serem fornecidos, o que já se sabia anteriormente que só a empresa vencedora teria.
Acontece que verificou-se que essa certificação não estaria regular. As investigações caminham para apurar o envolvimento de “laranjas”, empresários e agentes públicos municipais no esquema fraudulento.