Inicialmente a falta de chuvas estava representando muita preocupação de parte dos agricultores do Oeste do Paraná, porém, com o passar dos dias secos, o desespero já começa a tomar conta de muitos deles.
As previsões climáticas são bastante desencontradas
A preocupação no campo fez com que muitos agricultores semeassem mesmo sem condições climáticas favoráveis.
Centenas de hectares de soja e milho foram plantados praticamente no pó e, a considerar que as precipitações pluviométricas estão bem aquém do necessário, dois graves problemas começam a rondar o campo.
O primeiro é que a falta de umidade não possibilita a germinação dos grãos e os que germinam acabam apresentando dificuldades de desenvolvimento, além do imenso risco de os grãos morrerem sem a falta de umidade suficiente.
Outra questão é que muitos agricultores do Oeste do Estado saíram em disparada para plantar a soja, na tentativa de ainda conseguir uma janela para semear a safrinha de milho no ano que vem.
Ocorre que o zoneamento para o milho na safra de inverno se encerra na primeira quinzena de fevereiro e, nas condições atuais, praticamente toda a área estará ocupada com a soja devido ao atraso na colheita.
Além de suas lavouras, os olhos dos agricultores estão voltados aos Institutos de Meteorologia, que, na prática, estão deixando muito a desejar em suas últimas previsões em se tratando dos municípios da região.
Em visitas a campo, a área técnica de cooperativas e empresas agrícolas da microrregião de Marechal Cândido Rondon revelam que em algumas áreas seriam necessários de 100 a 150 milímetros para mexer com o lençol freático.