Apesar de um início mais lento no plantio de soja neste ano no Brasil por conta do tempo seco, a safra de milho 2019/20 do país foi estimada em novo recorde acima de 100 milhões de toneladas, com um aumento de 3,4% na área plantada.
A condição seca neste momento inicial não chega a ser, em geral, um problema para a produção da oleaginosa ou do milho de verão do país, mas o quanto antes o plantio ocorrer, melhor para segunda e maior safra do cereal, plantado após a oleaginosa, por questões climáticas.
A sondagem com nove especialistas aponta uma safra total de milho do Brasil, segundo exportador global do grão, em 102,30 milhões de toneladas, aumento de 2,3% ante o recorde visto em 2018/19, quando o cultivo de milho foi favorecido pela soja mais adiantada na maioria das regiões.
A média projetada para a produção de milho do Brasil é quase a mesma estimada em pesquisa semelhante realizada no início de agosto, apesar de as previsões climáticas indicarem que os maiores volumes de chuvas serão registrados somente ao final do mês, garantindo finalmente melhores condições para o plantio.
O milho safrinha para o Centro-Oeste do Brasil deve ser semeado até 5 de março para evitar grandes riscos com a falta de chuvas ao longo de seu desenvolvimento.
Não seria recomendável que a principal região produtora de grãos do Brasil plantasse soja após 15 de novembro, para haver tempo de uma boa subsequente safra de milho, com janela favorável de chuvas em 2020.
A seca prolongada tem sido uma preocupação para os plantios de soja, o que impacta a área do milho da segunda safra no Centro-Oeste e no Paraná, mas as chuvas previstas para o final de setembro podem permitir que a semeadura.
As previsões climáticas entre setembro e novembro e entre dezembro e fevereiro apontam condições “mistas” para o milho, mas “em geral favoráveis”.
Para se consolidar o aumento de área de milho, especialmente na segunda safra, será necessário acompanhar a evolução do plantio da soja nos próximos meses.