Foram 27 votos contrários ao texto, 21 favoráveis e nenhuma abstenção
Em sessão tumultuada na Assembleia Legislativa do Paraná, ontem a tarde, com manifestantes sendo retirados a conta-gotas das galerias em meio aos acalorados discursos dos deputados, o projeto de lei batizado de Escola sem Partido acabou rejeitado no plenário da Casa.
Foram 27 votos contrários ao texto, 21 favoráveis e nenhuma abstenção.
Seis parlamentares não votaram , incluindo Ademar Traiano, que, na cadeira de presidente da Casa, é obrigado a votar apenas em caso de empate.
Já Luiz Carlos Martins, do PP, chegou a registrar presença no plenário, mas não votou.
Outros quatro políticos preferiram não participar da sessão e não se expor: Elio Rusch, do DEM; Hussein Bakri, do PSD,, que é líder da base de Ratinho Junior; Tercílio Turini, do PPS e Tião Medeiros, do PTB.
A proposta, que enfrentava seu primeiro turno de votação, era de autoria de Ricardo Arruda e do hoje deputado federal Felipe Francischini, que ontem circulou pelos corredores da Casa.
Com a rejeição ao texto, um projeto de lei semelhante só poderá ser reapresentado na atual legislatura se houver o apoio da maioria dos parlamentares – a Casa tem 54 cadeiras.
A regra está prevista no artigo 164 do regimento interno.
Derrotado, Arruda disse em entrevista à imprensa que agora aguarda uma deliberação por Brasília, através de uma proposta semelhante tramita no Congresso Nacional.
Arruda disse ainda que ficou surpreso com o placar e acrescentou que seu único objetivo era defender as crianças, as famílias e os valores.
Já Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, que representa os trabalhadores da educação, disse que recebe o resultado da votação com “alegria” e que não existe “doutrinação ideológica” nas escolas.