Rádio Difusora do Paraná

Fim das campanhas contra a aftosa no Paraná preocupa Santa Catarina

Pasto. Reserva do Iguaçu, 12/09/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Estado manterá a proibição de entrada de animais procedentes do Paraná

A recente autorização do Ministério da Agricultura, retirando a vacinação contra febre aftosa no Paraná, deixa Santa Catarina em alerta.

Há 26 anos sem focos da doença, os catarinenses reforçam o controle sanitário durante esse período de transição, já que a partir de novembro o Paraná suspenderá a vacinação.

Com a medida, cerca de 9 milhões e 200 mil bovinos e bufalos deixarão de ser imunizados no Paraná, o que não muda as normas vigentes em Santa Catarina, ou seja, continua proibida a entrada de bovinos e bubalinos de outros estados, inclusive do Paraná.

No último dia 15 o Ministério da Agricultura autorizou o Paraná a suspender a vacinação contra febre aftosa a partir de novembro e a intenção é de que em 2021 o estado seja reconhecido como área livre da doença pela Organização Mundial de Saúde Animal, a exemplo do que já aconteceu com Santa Catarina em 2007.

Por enquanto Santa Catarina segue como o único estado brasileiro reconhecido pela OIE como livre de febre aftosa sem vacinação, o que coloca o estado em uma posição privilegiada na busca por mercados e demonstra o cuidado extremo com a saúde dos animais.

Conforme o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, a retirada da vacinação no Paraná demandará uma vigilância ainda maior nesse primeiro momento já que o rebanho catarinense não recebe vacina há 19 anos e não tem nenhuma imunidade contra a doença.

A principal preocupação de Santa Catarina é quanto a comprovação de origem dos animais nascidos no Paraná, pois o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa não prevê a comprovação de origem dos animais e assim não é possível identificar onde os bovinos e bubalinos nasceram. As exigências internacionais são claras e preveem a identificação, registro e a rastreabilidade dos bovinos e é nisso que Santa Catarina acredita.