Governos do Paraguai e Brasil estruturam parceira para combater os crimes na fronteira.

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Novo assassinato de policial, ontem, fortalece a iniciativa

 

O governo do Paraguai anunciou nesta terça-feira (12) que será criado em breve um comando que contará com policiais do país e do Brasil para intensificar a luta contra o crime organizado na fronteira.

A intenção ocorre  após os assassinatos de quatro pessoas no lado paraguaio no último sábado (9), uma delas filha do governador do departamento de Amambay.

O ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio, disse em entrevista coletiva que a parceria, debatida há meses com a Polícia Federal brasileira, se concentrará na região de fronteira entre Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, a cidade paraguaia onde foram cometidas as quatro execuções.

A formação e logística deste comando não foram reveladas por Giuzzio na entrevista.

Entre outras hipóteses, a polícia paraguaia está trabalhando na possibilidade de que os assassinatos ocorridos no último sábado em Pedro Juan Caballero, capital de Amambay, tenham sido cometidos por traficantes de drogas.

O ataque matou um homem paraguaio, Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, apontado pelas autoridades locais como o verdadeiro alvo dos criminosos, e outras três pessoas jovens , entre elas Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha do governador de Amambay.

Ontem ocorreu um novo crime.

O policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto a tiros , também em em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha a Ponta Porã (MS).

Segundo informações da polícia à imprensa local, Hugo Ronaldo Acosta foi executado dentro do carro a caminho da região de Cruce Bella Vista.

De acordo com Carlos Miguel López Russo, diretor de polícia do Departamento de Amambay, este é o segundo policial assassinado no departamento.

Segundo informações da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Hugo Ronaldo Acosta pertencia ao círculo do ex-deputado no Paraguai, Carlos Rubens Sanches Garcete, conhecido como ‘Chicaro’.

O ex-deputado foi executado dentro de casa no início de agosto.

Segundo a linha de investigação da Senad, existe uma “alta probabilidade” de que os dois crimes estejam relacionados.