Na comarca crescimento populacional é quase insignificante
Uma recente estimativa populacional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostra que o processo de migração de municípios do interior do Paraná para polos urbanos continua crescendo, pois dos 399 municípios do Estado, pelo menos 181 , ou 45% deles, tiveram variação negativa no número de habitantes na comparação entre 2018 e 2019.
As 15 cidades que mais perderam moradores têm menos de 10 mil habitantes cada.
Na outra ponta, os seis maiores municípios do estado, Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais , tiveram variação populacional superior à média do país.
Três cidades, Virmond, Nossa Senhora das Graças e Barra do Jacaré, mantiveram a mesma quantidade de moradores de um ano atrás, segundo o IBGE.
Para especialistas, a perda populacional nas pequenas cidades, que mantém uma tendência dos últimos anos, é resultado de um processo acelerado de criação de municípios, ocorrido entre os anos de 1980 e 2000 e agora se vive o segundo momento desse processo.
Todas as 10 menores cidades do Paraná: Jardim Olinda, Nova Aliança do Ivaí, Santa Inês, Esperança Nova, Miraselva, Altamira do Paraná, Santo Antônio do Paraíso, Ariranha do Ivaí, São Manoel do Paraná e Mirador, tiveram redução no número de habitantes ou taxa de crescimento inferior à média nacional, de 0,792% e do estado que é de 0,749%.
A maior variação negativa do estado ficou por conta de Altamira do Paraná, em menos 12,087%.
Segundo a pesquisa, contribui para essa tendência também a ausência de políticas de fixação de moradores.
Por enquanto os números não permitem afirmar, dessa perda, o que é derivado da saída de pessoas ou de decréscimo por outro quadro, como redução nas taxas de natalidade.
Ainda segundo pesquisadores, o fato de haver crescimento nas maiores cidades, no entanto, permite deduzir que esses polos são o destino de atração migratória.
De acordo com eles, a relação entre população e economia não é necessariamente direta, mas há mais oportunidades de saúde, emprego e educação em grandes centros urbanos, o que motiva a saída das pessoas das pequenas cidades.
As estimativas populacionais das cidades, divulgadas anualmente, são consideradas pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do FPM, o Fundo de Participação de Municípios .