A irregularidade das chuvas traz grandes problemas ao produtor rural do sul do país e, após gerar perdas expressivas para a safra de soja 2020/21 no Rio Grande do Sul, a preocupação agora é com a produção do milho safrinha no Paraná.
A preocupação de agora é com o milho da safrinha
Segundo Luiz Renato Lazinski, agrometeorologista, os modelos climáticos não indicam uma mudança para o segundo semestre, apontam a atuação de um La Niña e o frio também chegando mais cedo esse ano.
Produtores do Paraná enfrentam grandes problemas com a estiagem no desenvolvimento do milho safrinha neste momento, mas Lazinski destaca que o baixo volume de chuva para toda a região é uma condição que vem acontecendo desde o ano passado.
Ele comenta que a seca vem se agravando durante os meses e ocorreram poucas chuvas acima ou dentro da média em 2019.
Destaca ainda que o ano é considerado um ano de neutralidade climática e que por si só essa condição já pode gerar grandes impactos ao produtor como, por exemplo, o atraso no plantio da soja e que, consequentemente, também atrasou outras culturas.
Desde que começou o Verão as chuvas acontecem de maneira atípica: com passagem muito rápida e mostrando irregularidade.
Os modelos de precipitação acumulada do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que a parte sul do Brasil quase não recebeu chuvas expressivas nos últimos 90 dias.
Segundo os modelos, enquanto o Centro-Norte tem precipitação acima de 300 milímetros, os três estados mais baixos não ultrapassaram os 200 milímetros nos últimos três meses.
De acordo com o meteorologista, as condições acontecem por que há um bloqueio na atmosfera que impede a umidade da Amazônia desça e favoreça as condições de chuvas, além disso, as águas do oceano estão mais quentes e também fazem com que os ventos mudem a direção dos sistemas de chuva.