Lideranças ampliam debate sobre Renovação do Tratado de Itaipu

Próxima reunião vai fechar o acordo entre Brasil e Paraguai

As chancelarias do Brasil e do Paraguai avançaram nas negociações para a construção de uma solução sobre a contratação da potência de Itaipu até 2022.

A primeira reunião foi na usina de Itaipu e um próximo encontro deve ser agendada em breve para finalizar as negociações.

As discussões ocorrem porque a Eletrobras e a estatal paraguaia Ande não chegaram a um acordo sobre a contratação de potência de Itaipu para 2019.

Sem esse entendimento, alguns compromissos da Itaipu poderão ser prejudicados, como o pagamento dos royalties aos dois países, a dívida da construção e, até mesmo, a remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil.

A definição de um cronograma de contratação de longo prazo garantiria o recebimento das receitas necessárias para o pagamento das obrigações financeiras de Itaipu até a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, em 2023, quando a dívida estará totalmente quitada.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a Itaipu tem papel estratégico e econômico para os dois países e por este motivo, são grandes as chances de os governos chegarem a bom entendimento.

Segundo ele, mesmo diante desse impasse, a produção de energia elétrica da usina não está sendo afetada.

Ao contrário, o aproveitamento da matéria-prima, que é a água, está em quase 100% para a geração de energia e isso significa dizer que a missão de Itaipu está sendo cumprida plenamente no que se refere à sua atividade fim.

Silva e Luna diz que o encontro é um marco no início da construção de um resultado positivo para os dois lados.

Participaram da reunião pela delegação brasileira o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva; a embaixadora Eugênia Barthelmess; o secretário Mario Augusto Morato Pinto de Almeida; e a secretária Maria Eduarda Paiva Meira de Oliveira.