Policial / Trânsito
No Paraná, suicídio já mata mais policiais do que confrontos

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O Paraná conseguiu no último ano registrar uma importante redução no número de policiais civis e militares mortos em situação de confronto (tanto em serviço como fora dele). No ano passado, foram cinco mortes, o que aponta para uma redução de 44,4% na comparação com 2017, quando nove policiais haviam sido mortos. A boa notícia, no entanto, termina aí. É que se os policiais estão morrendo menos em confronto, por outro lado o suicídio está em alta, ao ponto de hoje ser mais comum um policial se suicidar do que ser morto nas ruas.
Os dados, compilados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, revelam que, em 2018, 11 policiais deram cabo às próprias vidas no Estado, um crescimento de 37,5% na comparação com 2017, quando haviam sido registrados oito suicídios. O estudo ainda indica que as taxas de suicídio por grupo de mil policiais da ativa é bem maior no Estado do que no restante do país, ao passo que para as mortes em confronto a situação se inverte. No Paraná, a taxa de suicídio é de 0,4 e a de mortes em confronto, de 0,2. Já no Brasil, a taxa de suicídio é de 0,2 e a de mortes em confronto, de 0,6.
Presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), Kamil Salmen relaciona o aumento nos casos de suicídio às condições de trabalho com as quais se deparam os policiais. Dentre os problemas, ele aponta a falta de reajustes salariais, a falta de efetivo policial e a enorme demanda e pressão sobre os agentes.
“Temos a melhor polícia (do Brasil), mas estamos sozinhos”, desabafa Salmen. “Tem as vezes um cara mal humorado, discute com a esposa, filho, é violento nas palavras… Ele não tem prazer na vida. Ele está perto do álcool, da droga. Estávamos doentes há 10 anos, agora já estamos sofrendo de psicopatias. O problema é muito grande”, diz, referindo-se aos problemas psicológicos que envolvem categorias expostas a grande tensão diariamente.
Já o coronel Altair Mariot, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas (AMAI), demonstra espanto com as estatísticas. “É assustador que esteja morrendo mais policiais em situação de suicídio do que na rua, trabalhando”, diz.
Ainda segundo o coronel, o principal problema é o estresse de trabalho. “A atividade é estressante, e hoje os policiais estão ligados nas mídias sociais, na rede, vão vendo um quadro bastante difícil em nível de Brasil e alguns companheiros internalizam essa situação.Também tem problemas familiares, financeiros, e tudo vai somando até a pessoa se sentir perdida, acuada. Se não houver internamento na hora, leva ao suicídio. Mas o estresse é o mais complicado”, finaliza.
Esgotados mentalmente, no limite
Apesar do aumento dos casos de suicídio entre policiais já serem mais frequentes do que as mortes em confronto, a delegada-titular do Grupo Auxiliar de Recursos Humanos da Polícia Civil, Luciana Novaes, aponta que a situação dentro da corporação não é alarmante. Segundo ela, o fato de o número de suicídios entre policiais civis ter aumentado de dois para três casos no último ano indica estabilidade, e não um aumento das ocorrências.
“Os fatores (relacionados aos casos de depressão e suicídio entre policiais) não são específicos, porque a vida do policial engloba também aspectos pessoais como situação financeira, aspecto social em que está inserido, situação familiar e relação com o trabalho e o que espera de sua carreira profissional”, afirma a delegada. “Um caso a mais não pode ser considerado um aumento, mas um indicador de estabilidade”, complementa.
A opinião do presidente do Sinclapol, porém, é completamente diferente. “Hoje em dia o policial já está se matando e vai aumentar isso, porque não tem para quem reclamar, não tem o que fazer”, afirma Kamil Salmen. “Eu, que coordeno investigadores, escrivães e papiloscopistas, posso falar da base da polícia. Estamos esgotados mentalmente, muito doentes e precisamos urgente ser tratados e respeitados. A criminalidade está cada vez mais profissional e a única coisa que temos é o amor pela instituição e a vontade de ajudar a sociedade”, emenda.
Amai pede a contratação de mais psicólogos e neurologistas
O coronel Altair Mariot, presidente da Amai, revela ainda que a situação, de tão preocupante, fez parte da primeira medida de sua gestão à frente da Associação. Assim que assumiu, em maio deste ano, ele conta que a primeira medida foi pedir o reforço da retaguarda dos PMs paranaenses. A expectativa, revela ele, é que sejam contratados cerca de oito neurologistas e 40 psicólogos para atender os policiais diariamente. “Com essas contratações, vamos atender melhor nossa tropa e tende a diminuir esse número (de suicídios), que é gritante”, afirma o coronel. “Queremos montar os gabinetes de atendimento psicossociais nos grandes comandos do Paraná inteiro. Hoje os casos mais graves vem para Curitiba, onde fica nosso serviço social, mas o estado é grande. Tem de levar também para cidades do interior (o serviço) ou que pelo menos fique mais próximo”.
Os dados do Anuário
Policiais civis e militares mortos em confronto (em serviço e fora dele)
Ano do dado | Nº absoluto de ocorrências (taxa por grupo de 1.000 policiais) |
Brasil | |
2018 | 343 (0,6) |
2017 | 373 (0,7) |
Paraná | |
2018 | 5 (0,2) |
2017 | 9 (0,3) |
Suicídio de Policiais da Ativa | |
Brasil | |
2018 | 104 (0,2) |
2017 | 73 (0,1) |
Paraná | |
2018 | 11 (0,4) |
2017 | 8 (0,3) |
Fonte: Bem Paraná

Policial / Trânsito
Operação da PF contra o tráfico internacional de armas cumpre mandados em Guaíra

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12), a Operação Transloading com o objetivo de desarticular grupo criminoso especializado no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo, que atuava em diversos estados, transportando os materiais ilícitos da região de fronteira até o nordeste do Brasil. Em Guaíra, foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão, além de um de prisão preventiva.
A ação visou o cumprimento de 37 mandados de prisão preventiva e 52 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí, e contou com a participação de 180 policiais federais para a execução das ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, Piauí e no Distrito Federal.
Durante as investigações, que foram iniciadas no final de 2022, foi identificado um grupo de distribuidores e comerciantes de droga estabelecidos no Piauí, Maranhão e Ceará, que se valiam da estrutura de sítios e imóveis rurais para armazenar os entorpecentes trazidos da Bolívia e do Paraguai, e, posteriormente, vendê-los em Teresina/PI, Imperatriz/MA e Fortaleza/CE. Apurou-se também que parte desses investigados tem relação com as facções criminosas que atuam nestes três estados.
Em seguida, a Polícia Federal concentrou a investigação no grupo logístico da associação criminosa, sediado em Goiás e responsável pelo transporte da droga oriunda da fronteira por rodovias do país. Nessa fase, foram presos 10 caminhoneiros no Piauí, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Paraíba, e apreendidas cerca de 3 toneladas de entorpecentes (maconha e cocaína).
Por fim, os principais líderes e fornecedores de droga do esquema criminoso foram identificados em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, de onde comandavam as ações e o envio dos entorpecentes para o Nordeste. Também nesse momento, foi possível coletar indícios de tráfico internacional e de comércio ilegal de armas de fogo e munições.
Além dos integrantes do núcleo operacional e logístico do grupo criminoso, diversas pessoas físicas e jurídicas foram utilizadas para movimentar os valores ilícitos provenientes dos crimes, com o objetivo de criar uma rede estruturada de pagamento das drogas e armas comercializadas. Nesse ponto, foi deferido o bloqueio e sequestro de valores na ordem de R$200 milhões das contas bancárias dos investigados, além da apreensão de veículos que estão na posse do grupo.
Os investigados responderão, na medida da sua participação, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo e munições, dentre outros em apuração. Após ouvidos, os presos serão encaminhados aos sistemas penitenciários estaduais, onde permanecerão à disposição da Justiça.
O nome da operação, “TRANSLOADING”, que se refere à transferência de mercadorias de um meio de transporte para outro a caminho de seu destino, é uma alusão ao modus operandi do grupo criminoso, que utilizava o transporte terrestre, fluvial e aéreo para concretizar a cadeia ilícita do tráfico internacional de drogas e armas de fogo.
Fonte: Ponto da Notícia
Foto: Polícia Federal
Foto: Polícia Federal
Foto: Polícia Federal
Policial / Trânsito
Mulher é agredida física e moralmente pelo filho em Entre Rios do Oeste

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Por volta das 23 horas de ontem (04) uma mulher entrou em contato com a Policia Militar de Entre Rios do Oeste , denunciando ter sido agredida física e moralmente pelo filho.
O caso ocorreu num residência no Bairro Parque Verde, onde a vitima aguardou a chegada da equipe policial.
Ao relatar a agressão ela mostrou o braço esquerdo sangrando, revelou ter sido ofendida moralmente com palavras de baixo calão e que o filho teria ameaçado afirmando “ Se eu for preso amanha você vai queimar viva, vou chamar os contrabandistas para botar fogo na casa”.
Após o relato os policiais deram voz de prisão ao rapaz o qual no momento negou a acusação e relatou que a mãe havia se cortado em um vidro da porta.
Ele apresentava sintomas de embriaguez e por isso foi algemado.
De acordo com a PM já existem boletins anteriores de violência doméstica e familiar envolvendo a mesma pessoa.
Agricultura
PRE alerta produtores rurais sobre trânsito de máquinas agrícolas

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Apesar das ações visando à flexibilização da legislação em vigor, continua grande a polêmica em torno do trânsito de máquinas agrícolas nas rodovias federais e estaduais.
De parte do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon, algumas iniciativas já foram tomadas, incluindo a convocação de produtores para uma reunião no último dia 29 de junho.
Na ocasião, agentes da Polícia Rodoviária Federal esclareceram aos participantes sobre as muitas alterações procedidas na legislação e a inclusão de novas obrigações que dependem de muita atenção dos agricultores.
Desde outubro do ano passado, o registro de máquinas ou tratores fabricados a partir de 2016 é obrigatório para transitar pelas vias públicas, o que deve ser feito no Registro Nacional de Máquinas Agrícolas.
A medida visa garantir a propriedade do veículo, a segurança na comercialização, além de otimizar a rastreabilidade e fiscalização para coibir furtos e roubos.
A preocupação também existe de parte do novo comandante da 3ª Cia. da Polícia Rodoviária Estadual, capitão Luis Beiger, o qual logo nos primeiros dias observou máquinas agrícolas trafegando irregularmente.
Em contato mantido com o presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon, Edio Chapla, o oficial da PRE disponibilizou um áudio para orientar os produtores rurais…